Enquanto os professores da rede municipal de Goiânia, em greve, estão mobilizados pelas suas reivindicações salariais e por melhores condições de trabalho, a Prefeitura de Goiânia trabalha para salvar o Sintego – o sindicato pelego que teoricamente representa os professores goianos, mas na verdade está a serviço do PT e dos seus interesses políticos e eleitorais.
A greve municipal da Educação representa o mais duro golpe que o Sintego já levou até hoje. Maior até que a descoberta, em 2005, de um escândalo dentro do sindicato, que fornecia declarações falsas de freqüência para que o mensaleiro Delúbio Soares recebesse seus salários como professor estadual, sem trabalhar.
Sentar e conversar com os professores grevistas é coisa simples. Mas o prefeito Paulo Garcia se recusa porque, na verdade, ele quer valorizar o Sintego e insiste que os professores negociem as suas reivindicações através do sindicato.
Desgastado e sob acusações de peleguismo exarcebado, o Sintego sairia desmoralizado se Paulo Garcia recebesse diretamente os professores municipais em greve.
Mas o problema é muito mais sério: como o Sintego está contra a greve de uma categoria que teoricamente deveria defender, os grevistas da Educação municipal não querem saber da intermediação do sindicato e gritam palavras de ordem dizendo que “o Sintego não nos representa”.’