O jornalista Marcello Dantas (Jornal Opção) faz uma interessante análise sobre os números da pesquisa Serpes.
Mas a cereja do bolo está na conclusão do artigo.
Veja o que ele diz:“PMDB têm de parar de atirar pedras na cruz do PSDB e inovar com propostas e projetos executáveis para a sociedade goiana”.
Essa acertou na testa da deputada Iris Araújo.
Veja o artigo:
Análise
PT e PMDB dão passo importante, mas precisam continuar andando para frente
Caso queiram se estabelecer na disputa ao cargo de governador, PT e, principalmente, o PMDB, têm de parar de atirar pedras na cruz do PSDB e inovar com propostas e projetos executáveis
Marcello Dantas
O resultado da segunda rodada de pesquisas sobre as intenções de voto para a disputa do governo de Goiás em 2014 parece ter ligado um alerta na oposição ao governo do Estado, especialmente no que se refere à aliança PMDB-PT. As executivas dos dois partidos se reuniram na noite de segunda-feira (28/10) e, após mais de duas horas de reunião, os petistas apresentaram uma proposta aos peemedebistas.
O PT, contrário à realização de prévias no PMDB – questão levantada pelo pré-candidato José Batista Júnior, o Júnior Friboi –, sugeriu que, até março, ocorra uma decisão final colegiada sobre a chapa majoritária e que isso não ocorra de forma isolada, como enseja parte do PMDB. Apesar do bate-cabeça, dois pontos importantes foram colocados à mesa para que haja organização da oposição goiana para o próximo pleito.
O primeiro, é que o PMDB e o PT se aproximem do grupo formado por outros partidos de oposição, como PSB, PDT, Solidariedade e Pros para intensificarem o diálogo e a busca por um acordo. O segundo, que interessa mais ao PT, é que “acenos” sejam apresentados até o fim de março de 2014 para que seus principais nomes – Antônio Gomide e Paulo Garcia – possam de desfiliar caso necessário. O prazo para os dois prefeitos deixarem os cargos é o dia 5 de abril.
Ficou exposta não só a divisão entre PMDB e PT, mas também dentro do reduto peemedebista. Àqueles ligados ao ex-governador Iris Rezende veem na proposta do PT uma forma de ganhar tempo. Já os aliados de Friboi defendem a manutenção da disputa interna. As proposições serão levadas para discussão em encontro a ser realizado no próximo dia 11 de novembro no diretório, conforme da direção do PMDB.
O caminho preciso por que devem passar o bloco de oposição ainda está obscuro. Enquanto alguns peemedebistas defendem o adiamento para o anúncio do candidato para não entregar as estratégias de bandeja para o governo estadual e sua base, petistas já apontam que Marconi Perillo está no jogo com real chance de reeleição, afirmando que Iris é o candidato dos sonhos dos tucanos.
Ao passo que os dois principais partidos seguem indecisos, o empresário e ex-prefeito de Senador Canedo, Vanderlan Cardoso (PSB), segue isolado na terceira via na disputa ao governo. Tal fato reforçado pela saída do deputado federal Ronaldo Caiado (DEM) do grupo após Eduardo Campos (PSDB), governador de Pernambuco e presidente nacional da legenda, acolher a ex-senadora Marina Silva, já que ela não conseguiu criar a Rede Sustentabilidade. A conjuntura nacional acabou por atrapalhar união entre DEM e PSB em Goiás.
Na pesquisa estimulada, Vanderlan Cardoso conta com 11,5% e ocupa a quarta colocação, seguido por Ronaldo Caiado (7,2%), e o fato é que a união entre os blocos de oposição deve ser efetivada, caso queiram chegar ao Palácio das Esmeraldas. A dificuldade para a aproximação entre PT e DEM é conhecida de todos, mas a desorganização por parte dos opositores, sempre ficou clara. Caso queiram se estabelecer na disputa ao cargo de governador, PT e, principalmente, o PMDB, têm de parar de atirar pedras na cruz do PSDB e inovar com propostas e projetos executáveis para a sociedade goiana. E claro, exercitar as articulações, no bloco opositor.