Pomposamente denominada de “complexo cultural”, a obra da Casa de Vidro – nome inventado pela deputada federal dona Iris Araújo (PMDB) e pelo prefeito Paulo Garcia (PT), que teve até lançamento festivo no dia 21 de dezembro de 2010, no próprio local – nunca saiu do papel.
Dona Iris arrumou uma emenda orçamentária, na Câmara Federal, destinada à Prefeitura, que chegou até a elaborar um projeto. A tal Casa de Vidro ficaria nas proximidades do Shopping Flamboyant, exatamente no ponto de encontro entre as Avenidas E e Deputado Jamel Cecílio e a rua 52, no Jardim Goiás.
No local, hoje, só existe mato.
A obra, ambiciosa, custaria exatos R$ 3.860.365, seria construída num terreno de 2.305,45 metros quadrados, com o objetivo de se tornar um ponto turístico de Goiâniia.
O release da Prefeitura de Goiânia, distribuído na data do lançamento, descrevia a Casa de Vidro como “uma cúpula de vidro de formato elipsóide com mais de 13 metros de altura e um salão multi-uso acoplado, revestido com lâminas de alumínio, estilo inspirado nas escamas do fruto do buriti – vegetação típica do cerrado goiano. No total, a área construída chegaria a 1.960,34m², contando também um espelho d’água, uma fonte, a ante-sala e o anexo de apoio”.
Mas ficou só nos discursos do evento de lançamento.