Veja texto postado no blog do Comando de Greve:
REPOSIÇÃO NAS ESCOLAS: NÃO ACEITEMOS RETALIAÇÕES!
Um dos pontos da contraproposta apresentada pela prefeitura assegura que não haverá perseguições e retaliações da prefeitura sobre os grevistas. Agora em várias escolas e CMEIs, especialmente aquelas que a paralisação do coletivo foi parcial, os colegas que aderiram a greve estão sofrendo pressão e sendo assediados por coordenadores, diretores e apoios pedagógicos. Querem que eles paguem aos que ficaram trabalhando o conteúdo dado, isto é, que entre nos seus dias de estudo no lugar dos colegas que furaram a greve, e mais, que paguem no contraturno (Mais Educação, Escola Aberta) e, pasmem, em outra escola a carga horária do período que esteve em greve. Em outras palavras, querem punir, retaliar os colegas que corajosamente entrarem em greve seguindo a decisão coletiva de uma assembleia da categoria.
Há mais de 2 mil anos atrás a Assembleia era tida por alguns povos como instância absoluta de deliberação. Quem aderiu a greve estava seguindo a decisão democrática de mais de 2 mil trabalhadores, decisão legal, constitucional e legítima. Em algumas instituições a deliberação da assembleia foi ignorada por votações locais de 10, 20, 30 pessoas. Agora querem que os grevistas paguem por essa incoerência? Negativo. Quando as Unidades e a SME são convenientes com escolas que funcionam desfalcadas no período de greve, eles é quem devem assumir as consequências de tal situação e não os grevistas. Muitas escolas funcionam durante meses sem professor de determinadas disciplinas e a SME não demonstra nenhuma preocupação em garantir o conteúdo aos estudantes e o dia de estudo dos professores que entram em sala. Quando os capachos da SME são questionados, afirmam que a grade é paritária, sendo assim o coletivo deve se organizar para cumprir as determinações. No entanto nosso estatuto prevê 30% da carga horária em atividades de estudo, sendo assim é direito do professor ter o tempo de estudo. Nessa perspectiva a escola que não aderiu plenamente a greve deve arcar com sua decisão, e é bom lembrar que estar em greve não é falta ao trabalho.
Não podemos de forma alguma aceitar essa proposta de reposição apresentada oralmente nas escolas, pois se colocam esse absurdo no papel sabem que iremos reagir radicalmente. O problema criado com a reposição de conteúdo é inteiramente da SME e não dos grevistas. Não vamos aceitar qualquer tipo de retaliação, perseguição, coação e assédio. E para os diretores que insistem em perseguir os grevistas, serão citados judicialmente por assédio moral.
A FORÇA DE UM É A FORTALEZA DE TODOS!
COMANDO DE LUTA / SIMSED