sexta-feira , 3 maio 2024
Goiânia

Sindicato denuncia que educadores municipais que aderiram à greve estão sofrendo retaliações

Veja texto postado no blog do Comando de Greve:

REPOSIÇÃO NAS ESCOLAS: NÃO ACEITEMOS RETALIAÇÕES!

Um dos pontos da contraproposta apresentada pela prefeitura assegura que não haverá perseguições e retaliações da prefeitura sobre os grevistas. Agora em várias escolas e CMEIs, especialmente aquelas que a paralisação do coletivo foi parcial, os colegas que aderiram a greve estão sofrendo pressão e sendo assediados por coordenadores, diretores e apoios pedagógicos. Querem que eles paguem aos que ficaram trabalhando o conteúdo dado, isto é, que entre nos seus dias de estudo no lugar dos colegas que furaram a greve, e mais, que paguem no contraturno (Mais Educação, Escola Aberta) e, pasmem, em outra escola a carga horária do período que esteve em greve. Em outras palavras, querem punir, retaliar os colegas que corajosamente entrarem em greve seguindo a decisão coletiva de uma assembleia da categoria.

Há mais de 2 mil anos atrás a Assembleia era tida por alguns povos como instância absoluta de deliberação. Quem aderiu a greve estava seguindo a decisão democrática de mais de 2 mil trabalhadores, decisão legal, constitucional e legítima. Em algumas instituições a deliberação da assembleia foi ignorada por votações locais de 10, 20, 30 pessoas. Agora querem que os grevistas paguem por essa incoerência? Negativo. Quando as Unidades e a SME são convenientes com escolas que funcionam desfalcadas no período de greve, eles é quem devem assumir as consequências de tal situação e não os grevistas. Muitas escolas funcionam durante meses sem professor de determinadas disciplinas e a SME não demonstra nenhuma preocupação em garantir o conteúdo aos estudantes e o dia de estudo dos professores que entram em sala. Quando os capachos da SME são questionados, afirmam que a grade é paritária, sendo assim o coletivo deve se organizar para cumprir as determinações. No entanto nosso estatuto prevê 30% da carga horária em atividades de estudo, sendo assim é direito do professor ter o tempo de estudo. Nessa perspectiva a escola que não aderiu plenamente a greve deve arcar com sua decisão, e é bom lembrar que estar em greve não é falta ao trabalho.

Não podemos de forma alguma aceitar essa proposta de reposição apresentada oralmente nas escolas, pois se colocam esse absurdo no papel sabem que iremos reagir radicalmente. O problema criado com a reposição de conteúdo é inteiramente da SME e não dos grevistas. Não vamos aceitar qualquer tipo de retaliação, perseguição, coação e assédio. E para os diretores que insistem em perseguir os grevistas, serão citados judicialmente por assédio moral.

A FORÇA DE UM É A FORTALEZA DE TODOS!

COMANDO DE LUTA / SIMSED

Artigos relacionados

Goiânia

Goiás inseguro: jovem é suspeito de roubar e matar homem no Bosque dos Buritis, em Goiânia

Fato Um homem identificado como Bryan Richard Santana Borges é apontado como...

Goiânia

Oposição quer anular aprovação do empréstimo de R$ 710 mi à Prefeitura e leva caso ao SFT

Vereadores de oposição à Prefeitura de Goiânia querem anular a votação e...

Goiânia

Marconi considera nome de Raquel Teixeira para disputar a Prefeitura de Goiânia pelo PSDB

A ex-secretária de Educação de Goiás, Raquel Teixeira, entrou no radar dos...

Goiânia

Mulheres ficam feridas após árvore cair em moto no Setor Leste Vila Nova, em Goiânia

Duas mulheres de 23 e 43 anos ficaram feridas após uma árvore...