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Campinas sem lei: carros parados em locais proibidos, filas duplas, pedestres atravessam fora da faixa… E nada de Paulo Garcia fazer algo

Em Campinas, não existe lei nem ordem. Cada um faz o que quer. A Prefeitura de Paulo Garcia não aparece para organizar o trânsito, que fica ao Deus dará.

Veja a reportagem de O Popular que retrata a anarquia:

 

Área Azul

Caos no trânsito de Campinas pela ausência da Área Azul

Área Azul
Campinas espera trânsito melhor

Ruas do bairro já não suportam mais o fluxo de veículos e a movimentação de pessoas e mercadorias

Janda Nayara 24 de novembro de 2013 (domingo)

Já não é de hoje que as ruas estreitas e antigas do Setor Campinas demonstram, através de congestionamentos e acidentes, que não conseguem receber todo o fluxo criado pelo aglomerado de empreendimentos comerciais. Basta uma volta pelas principais ruas do setor para flagrar veículos estacionados em locais proibidos, filas duplas, pedestres que não obedecem a sinalização e atravessam fora da faixa, entre outros. A expectativa de moradores, comerciantes e de quem precisa transitar pelo setor é de que a efetivação da Área Azul, que ainda não tem data marcada, pelo menos amenize o caos.

A situação é ainda mais complicada para quem precisa utilizar as Ruas José Hermano, Geraldo Ney, Paraná, Honestino Guimarães, Senador Morais Filho ou Ademar Ferrugem, conhecidas pela concentração de comércio atacadista. Caminhões de diversos Estados chegam durante a noite para garantir uma vaga para carga ou descarga e ocupam os dois lados das vias, reduzindo ainda mais o espaço útil para o trânsito; caminhonetes e veículos de passeio param em fila dupla, assim como as empilhadeiras a gás, que ignoram qualquer lei de trânsito, trafegam na contramão e impedem a passagem dos demais veículos para realizar o carregamento dos caminhões.

Estas vias não receberão a Área Azul e o temor dos funcionários do comércio local é de que elas funcionem como alternativa para aqueles que quiserem fugir do pagamento e tempo limitado de permanência. É o caso da vendedora Renata Lourenço Borges, de 30 anos. “Entro às 7h30 no serviço, mas se eu chegar após as 7h10, não encontro mais vagas na proximidade”, afirma.

O vendedor Juscelino José Moreira, de 51 anos, também trabalha em um atacadista na Rua Geraldo Ney e prefere deixar o carro em um estacionamento particular, que cobra entre R$ 150 e R$ 200 por mês e até R$ 5 a hora. “Tem muita gente que já desistiu de vir para cá de carro. Não é raro os casos de briga por veículos que foram arranhados ou amassados por movimentadores de mercadoria ou por caminhões.”

Segundo a diretora de fiscalização da Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMT), Rosana Medeiros, após a ativação da Área Azul, as ruas Geraldo Ney, Paraná, Honestino Guimarães e José Hermano serão zonas exclusivas para carga e descarga, sinalizadas por placas e faixas no asfalto. Mas não existe prazo para a conclusão da medida.

Extremos

Na convergência das Ruas Geraldo Ney e Paraná, próximo ao Serviço Social da Indústria (Sesi) de Campinas, motoristas de veículos leves e de carga param no meio da rua, onde há alguns anos existia a demarcação com tartarugas. O espaço limitado para os outros veículos trafegarem cria congestionamentos e até para o trânsito.

Rosana Medeiros afirma que a fiscais da SMT fazem uma operação fixa no local nas terças e quintas-feiras, além de patrulhamento nos demais dias. Mas o comerciante Wesley Silva, de 30, garante que nunca foi multado no local. “De dois anos para cá o trânsito piorou bastante. Como não encontro local para estacionar e sempre tem outros veículos aqui, acabo parando, mesmo sabendo que é errado”.

Donos da rua

Os movimentadores de mercadoria, como são chamados os trabalhadores que carregam as caixas em carrinhos de metal até o caminhão do cliente, arriscam suas vidas em meio ao trânsito caótico. Alguns, ignoram completamente os outros veículos e param ao lado dos veículos para descarregarem. Quem quiser que desvie.

Quanto as empilhadeiras a gás, a diretora da SMT afirmou que aguarda posição do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). “O número aumentou demais e precisamos de uma posição sobre o emplacamento para podermos fiscalizar”.

O presidente do Sindicato do Comércio Atacadista do Estado de Goiás (Sinat), Paulo Diniz, concorda que a mobilidade na região está um caos. Segundo ele, o comércio atacadista está instalado na região há 50 anos e houve uma mudança no estilo de comercialização, o que contribuiu para aumentar o público. “Hoje, estas empresas também atendem ao pequeno comerciante e ao consumidor final, através do atacarejo.” Diniz afirma que a criação de um polo atacadista, reivindicação antiga, seria uma solução.

O mapa da saturação

Veja alguns locais onde o trânsito é caótico em Campinas:

■ Com alguns atacadistas, a Rua Geraldo Ney serve como estacionamento para caminhões, que chegam antes do amanhecer para garantir a vaga para carga ou descarga e ocupam os dois lados da pista. Alguns lugares são reservados por cones, paus ou até mesmo cadeiras.

■ A Rua José Hermano reúne atacadistas e lojas de artigos para festa. Veículos pesados dividem lugar com carros de passeio, pedestres e carregadores de mercadorias, que circulam no meio da rua.

■ Estreita, a Rua Senador Morais Filho é usada como estacionamento por funcionários dos atacadistas, clientes e motoristas de caminhão.

■ A concentração de comércio atacadista começa logo abaixo da Avenida Castelo Branco e segue até a Praça Joaquim Lúcio. Empilhadeiras são estacionadas no meio da rua para fazer o carregamento dos caminhões.

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