Veja reportagem do Jornal A Rede:
A caixa preta de diárias na Prefeitura de Goiânia
Município não divulga detalhes das viagens realizadas pelo prefeito Paulo Garcia e seus auxiliares fora do País
Apesar da existência da lei de acesso à informação, a Prefeitura de Goiânia ainda não assimilou a máxima de que a transparência passou a ser regra e o sigilo, a exceção. Principalmente quando o assunto orbita na falta de divulgação de viagens pagas com verba públicas feitas pelo prefeito Paulo Garcia (PT) e seus auxiliares, que geralmente o acompanham na missão.
Mesmo marcada por muita polêmica, o prefeito conseguiu autorização da Câmara de Goiânia para se ausentar do Executivo entre os dias 20 e 28 deste mês para participar em Washington D.C, nos Estados Unidos, de evento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O petista foi orador da palestra “Soluções de Demanda: Idéias para melhorar a qualidade de vida”, no dia 21, onde falou sobre sua experiência e o que uma cidade precisa para implementar soluções que proporcionam impacto. Ele retornou na noite de quinta-feira, 28, para Goiânia.
A reportagem da Rádio 730 tentou saber dos detalhes das despesas da viagem. Quem bancou os custos dela? A Prefeitura de Goiânia ou a instituição que fez o convite? Qual o valor das diárias? Paulo levou secretários para acompanhá-lo? Qual a necessidade de levar acompanhantes? Qual o roteiro que ele fez durante a viagem?
Obscuro
A falta de resposta para a maioria dos questionamentos revela que esse assunto está inserido em um cenário obscuro da gestão municipal. Mostra ainda que não é de hoje que as missões internacionais empreendidas pelo petista pecam na transparência e que até mesmo funcionários do próprio prefeito têm dificuldade para buscar as respostas.
Na sexta-feira da semana passada, a reportagem entrou em contato com a assessora de imprensa do petista, Sirlene Mendonça, para ter acesso a essas informações. Mesmo ela, que possui acesso direto aos secretários e órgãos responsáveis por esses assuntos no Paço Municipal, encontrou informações incompletas e desencontradas para repassar à reportagem. O chefe de gabinete da prefeitura, Iram Saraiva Júnior, que teoricamente deveria ir atrás do pedido, não atendeu às ligações até o fechamento da matéria. Em uma ocasião, chegaram a informar que essas perguntas poderiam ser encontradas apenas no Diário Oficial do Município.
