O jornalista Marcos Cipriano escreveu matéria no site Notícias de Goiás para ressaltar a inoperância de Paulo Garcia diante do planejamento urbano para que a Capital não ficasse inundada pela chuva.
Leia o texto de Cipriano:
Paulo Garcia transforma Goiânia em “Cidade Insustentável”
Nem só os pingos das chuvas os goianienses têm visto nos últimos dias. Por falta de planejamento da Prefeitura de Goiânia, que não fez o dever de casa em relação à limpeza da cidade – córregos, bueiros, bocas de lobo – a Capital enfrenta graves problemas em relação ao escoamento das águas pluviais.
Assustada, a população se surpreende com a inoperância o prefeito Paulo Garcia, que transformou a Goiânia num laboratório de experiências malsucedidas.
Na quinta-feira passada, um temporal deixou a Goiânia sob águas. De lá para cá, a Prefeitura patina não apenas no reparo dos estragos, mas na definição de um plano emergencial estratégico, com limpeza imediata da cidade e inspeção técnica das obras como os túneis da Avenida Araguaia e Rua 88.
O primeiro transformou-se no cartão postal da inoperância da administração municipal e exemplo concreto de uma obra com sérios defeitos de engenharia, principalmente no que diz respeito ao escoamento das águas das chuvas. Ao invés de uma obra para elevar a autoestima do goianiense, o viaduto transformou-se numa espécie de lagoa artificial, trazendo riscos à população.
No temporal de quinta-feira, a ponte da Avenida T-2, sobre o Córrego Cascavel, sofreu graves danos em sua estrutura. Hoje, segunda-feira, por volta das 16h30, a Prefeitura anunciou oficialmente a liberação na ponte. Mas a chuva voltou e, poucos minutos depois, o comunicado oficial foi desdito.
O viaduto do Mutirama, conhecido como “chuveirão”, transformou-se numa espécie de “bacia” de águas pluviais e responsável direto por alagamentos da Marginal Botafogo, que antes da construção do tal viaduto, nunca tinha passado pelo problema.
Os pontos de alagamento triplicaram em Goiânia, em função do desleixo da administração municipal na questão da limpeza urbana de modo geral. Para complicar a situação, os aterros dos dois viadutos, com o grande fluxo de águas, estão vindo abaixo, contribuindo para assorear ainda mais o cursos d´água que cortam a Capital.
Refugiado no gabinete, o prefeito Paulo Garcia evita aparições em público, exercendo a estratégia de Pôncios Pilatos de lavar as mãos. Enquanto isso, cenas grotescas com as vistas hoje, no viaduto do Parque Mutirama, quando passageiros tiveram que deixar às pressas um ônibus num por uma pá mecânica da Defesa Civil, porque o veículo não conseguiu transpor uma verdadeira lagoa que se formou com a água da chuva.
No quesito improvisação e obras de qualidade duvidosa, Paulo Garcia se não supera, parece ter aprendido com Iris Rezende. Outro cartão postal negativo de Goiânia é o viaduto da T-63, construído da gestão do Iris. A obra, repleta de senões de engenharia e levantada sem o planejamento necessário, em dias de chuva transforma-se num verdadeiro “piscinão”, com sérios problemas de escoamento das águas pluviais. Os dois gestores impuseram a Goiânia um modelo de administração baseado arrogância e no espírito de que tudo podem fazer, mesmo que a população seja penalizada.
O slogan, Goiânia uma Cidade Sustentável, usada pelo candidato Paulo Garcia nas últimas eleições, poderia ser muito bem trocada por: Goiânia, cidade insustentável.