Os estrategistas do Paço Municipal, com o marqueteiro Renato Monteiro à frente, querem transformar o prefeito Paulo Garcia em candidato a governador – não pra valer, o que seria impossível, mas pelo menos para que o prefeito possa se sentar à mesa de decisão da sucessão estadual de 2014, do ponto de vista da oposição.
Não fosse “séria”, a manobra seria uma piada. Seria, não. É. Escalando os picos da impopularidade, com uma crise atrás de outra e Goiânia mergulhada no caos administrativo, é óbvio que Paulo Garcia perdeu o timing para a sua “candidatura”. Passou da hora. Não dá mais. A credibilidade para isso é zero.
As “frentes de trabalho” lançadas pelo prefeito, que colocou os braçais e as máquinas da Prefeitura nas ruas para sinalizar uma espécie de “reação”, apenas denunciam o que todo mundo já sabe. Ou seja: que a administração municipal não acompanha o ritmo da cidade e deixa os goianiense que dependem da prestação de serviços cotidianos na mão.
Nas redes sociais, os acólitos de Paulo Garcia, sem o menor pudor, mas também distantes de qualquer senso crítico, exaltam a tal “reação” da Prefeitura e citam os números que supostamente deveriam comprovar o sucesso das “frentes de trabalho”. Só que, na verdade, confirmam que a cidade estava e continua praticamente abandonada pelo seus gestores.
Candidatura a governador não se faz com “frentes de trabalho” ou “reação” política e administrativa. Faz-se com liderança e credibilidade, além de um histórico político. É o caso do prefeito de Anápolis, Antônio Gomide, que não depende de nenhuma “frente de trabalho” ou “reação” para ser incluído automaticamente em todas as listas de governadoriáveis.
Paulo Garcia, coitado, jamais será.