Veja reportagem do site G1:
Erosão em córrego de Aparecida de Goiânia é investigada pela polícia
Delegado cobra ações da prefeitura: ‘Situação está grave, mas pode piorar’.
Buraco causa interdição de uma das pistas da Avenida São Paulo.
Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
O delegado titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), Luziano Carvalho, investiga de quem é a responsabilidade por uma erosão às margens do Córrego Almeida, em Aparecida de Goiânia. O buraco chegou ao nível da Avenida São Paulo, o que deixa uma das pistas interditada desde o fim do ano passado.
“Há mais de um ano nós estamos recomendando essas ações e nada foi feito, portanto vamos instaurar o inquérito contra a pessoa jurídica da prefeitura. Hoje a situação está grave, mas pode se tornar pior. O poder público tem o dever de adotar ações preventivas”, afirma o delegado.
De acordo com Luziano, a erosão está crescendo pelas laterais. Ele crê que o motivo seja uma escada chama dissipadora. A estrutura ficava abaixo da ponte e tinha a função de diminuir a força e velocidade das águas das chuvas. Porém, a escada quebrou e não houve manutenção.
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Ainda segundo o delegado, quatro empresas que ficam às margens da erosão correm sérios riscos e podem ser interditadas quando o período de chuvas ficar mais intenso. “Isso aqui está anunciado. Rompeu aqui [ponte do lado] e a de lá também vai. Então nós já passamos a trabalhar não apenas com a questão ambiental, mas com questão de vida, inclusive humana”, alerta Luziano.
A Defesa Civil afirma que está monitorando a erosão. Um relatório foi encaminhado para as secretarias de Infraestrutura, de Meio Ambiente e Trânsito. “Ao perceber as trincas e rachaduras no asfalto se recomendou que fossem feitas obras de conserto e contenção nesse local”, afirma o superintendente de Proteção e Defesa Civil, Juliano Cardoso.
Problemas
No dia 5 de janeiro, uma mulher morreu em um acidente nas proximidades de um desvio montado na via em função da erosão causada pelas chuvas em dezembro passado. Quem passa pelo local relata que o tráfego na região ficou congestionado com a interdição de parte da avenida e teme que a situação possa piorar.
“Se vier outra chuva aí acabou a Avenida São Paulo. Aí vai todo mundo para a BR ou para o lado do Cruzeiro do Sul, que não tem estrutura para receber esse fluxo de veículo que há na Avenida São Paulo”, opina o marceneiro João Evangelista. Para o comerciante Carly Pereira, o desvio impacta, inclusive, nas vendas do comércio. “Atrapalha o tráfego e o nosso movimento aqui na oficina”.