Nada é mais obscuro e escandaloso na prefeitura de Goiânia do que a Comurg. A companhia de limpeza urbana virou a maior fonte de escândalos na gestão de Paulo Garcia e praticamente todo mês está nas manchetes dos jornais sendo mostrada como um antro de corrupção e irregularidades.
O mais recente escândalo é revelado por O Popular, nesta segunda-feira. O Ministério Público do Trabalho (MPT) apura repasse supostamente irregular de R$ 3 milhões da Comurg para o sindicato que representa os servidores da companhia (Seacons).
No domingo, o jornal já havia mostrado que o Seacons desenvolvia, com o aval da Comurg, um esquema de empréstimos ilegais a servidores da companhia. O método é semelhante à agiotagem e movimento quase R$ 1 milhão em três anos.
Os escândalos não são de hoje. No ano passado, o mesmo jornal O Popular denunciou os “supersalários”. Servidores da Comurg chegavam a receber R$ 80 mil num único mês, juntando gratificações e disposições sindicais. Um verdadeiro absurso. O limite salarial constitucional do Município é o salário do prefeito, que é cerca de R$ 19 mil.
Mas, na Comurg, havia funcionários com rendimentos mensais entre R$ 30 mil e R$ 50 mil. Pior foi o prefeito Paulo Garcia assumir na época que já estava sabendo das irregularidades antes mesmo da denúncia de O Popular, sem, contudo, tomar qualquer providência.
O que todos se perguntam é até quando a farra do boi vai reinar na Comurg? Será que as irregularidades nunca vão acabar na companhia? A Comurg tem agora um novo velho presidente, Luciano de Castro. Ele já foi dirigente da companhia e acaba de ser denunciado por fraude em licitação durante sua primeira passagem pelo órgão.