A saída repentina do ministro da Saúde, Arthur Chioro, é uma das demonstrações políticas mais graves de que algo está explodindo nos bastidores. No mínimo, a ação brusca comunica que tem coisa grave por baixo da exoneração do ministro, ocorrida no começo da manhã desta sexta-feira.
Ex-secretário de saúde de São Bernardo do Campo (SP), Chioro é suspeito de inúmeras fraudes com órgãos públicos. A Consaúde Consultoria, Auditoria e Planejamento LTDA., que tem Chioro como sócio majoritário, manteve contratos sem licitação com várias prefeituras de São Paulo, incluindo administrações petistas.
O ministro assumiu o cargo no dia 3 de fevereiro e bateu um recorde: na história do ministério, é o que menos tempo ficou nele.
Chioro é ligado a Lula. E ontem à noite Dilma procurou o ex-presidente com urgência, conforme noticiado pelo jornal ‘Estadão’.