Antes de a Globo levar ao ar a novela Em Família, com cenas gravadas em Goiânia, o marqueteiro Renato Monteiro vendeu ao prefeito Paulo Garcia (PT) a tese de que o folhetim seria sucesso de audiência – como a maioria das outras novelas das 21 horas – e ajudaria a reverter a rejeição popular ao prefeito, considerado o pior da história da cidade.
Renato, o autor da cantilena de sustentabilidade que balizou a campanha do PT em 2012, disse que a trama propagandearia os cartões postais de Goiânia (quais?), esconderia os sérios problemas estruturais que enfrentamos e ajudaria a resgatar a auto-estima da população.
Tudo errado, Renatim.
Em primeiro lugar, a novela sequer fez menção à cidade. Criou uma locação fictícia que chamou de Esperança.
Em segundo lugar, o folhetim foi um fiasco e, por isso, terá cinco semanas a menos de duração (caiu de 179 para 149 capítulos).
Em terceiro lugar, nada mais absurdo que achar que novela ajudaria a aliviar a barra do prefeito. Seria como tapar o sol com a peneira.