Comprar briga com o funcionalismo público pode ser um baita tiro no pé.
O PMDB que o diga. Os ex-governadores Iris Rezende e Maguito Vilela pagaram caro por tratar os servidores do Estado a pão e água. O primeiro publicou um decretão de exoneração que colocou milhares na rua logo nos primeiros dias de governo, em 1983. O segundo disse que valorizar o funcionalismo era o mesmo que “salgar carne podre”.
Quem segue agora pelo mesmo caminho temerário é o prefeito Paulo Garcia (PT), que inadvertidamente cortou uma porção de benefícios do funcionalismo sob o argumento de que precisa respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal. O corte atingiu 50 mil pessoas.
Uma portaria baixada pela Secretaria de Gestão e Pessoas suspende o pagamento de benefícios como adicional de titularidade, adicional de incentivo funcional e até periculosidade a partir do dia 30 de janeiro de 2014.
Ou seja, agora em fevereiro os servidores vão receber menos e aí a crise tem tudo para se instalar no Paço.
O documento não apresenta maiores detalhes. O que se sabe é que a prefeitura passa por crise financeira há tempos e por isso tentou encher os cofres aumentando de forma abusiva o IPTU e agora quer vender áreas públicas.
Ao mestre, com carinho.