quarta-feira , 27 novembro 2024
Goiânia

Jornal Opção: professores vão cobrar em assembleia parte de acordo ainda não cumprido por Paulo Garcia. É só crise

Veja matéria do site do Jornal Opção:

Rede Municipal de Educação

Professores vão cobrar em assembleia parte de acordo ainda não cumprido pelo Paço Municipal

Paralisação com indicativo de greve é o segundo de 2014. Na primeira, prefeitura propôs aumento dos auxiliares de atividades educacionais

“Chega de retaliação” e “valorização já” fazem parte das
frases de ordem em cartaz divulgado pelo Comando de Greve

Marcello Dantas

Os professores da Rede Municipal de Ensino de Goiânia marcaram para o próximo dia 17 de março a segunda assembleia com indicativo de greve dos profissionais da categoria. Com isso, também vão promover uma paralisação geral nas unidades de ensino. O ato será em frente à Catedral Metropolitana de Goiânia, no Centro, às 8h. Integram o protesto servidores técnicos administrativos e auxiliares de atividades educacionais que trabalham em creches e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis).
Os docentes alegam que parte da pauta de discussões da última greve não avançou. Dentre as reivindicações, além de agilidade no cumprimento do acordado na paralisação anterior –– que se estendeu por aproximadamente um mês, quando ocuparam o plenário da Câmara de Vereadores –– está a equiparação salarial entre os agentes educativos dos centros.
Segundo o professor e coordenador de administração do Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), Edson Domingos de Araújo Júnior, o objetivo da assembleia é evoluir nas negociações feitas com a Prefeitura de Goiânia, Secretaria Municipal de Educação (SME) e Ministério Público de Goiás (MPGO) durante a última greve. “Queremos avançar nos pontos que não foram cumpridos, como o enquadramento dos educadores dos Cmeis e das creches no quadro de magistério. Eles fazem trabalho pedagógico, mas não são reconhecidos como tal. Já os administrativos pedem salários melhores”, relembrou.

Dentre os pleitos que levaram à última paralisação, entre setembro e outubro do ano passado, foram plenamente atendidos o reajuste de 26,5% no auxílio locomoção dos professores, a substituição a partir do primeiro dia de falta por motivo de doença de técnicos administrativos, dentre outros, sendo que alguns seguem em trâmite na Câmara Municipal.
A última paralisação ocorreu no dia 13 de fevereiro, no Cepal do Setor Sul, onde os educadores discutiram o que foi executado pelo Paço Municipal desde a greve. Na ocasião, o prefeito Paulo Garcia (PT) se reuniu com representantes do movimento, da SME e do MPGO e propôs um aumento de 30% a partir de maio nos vencimentos dos auxiliares de atividades educacionais. Na época, o petista justificou tal alternativa ao fato de que atender à reivindicação da categoria, que é o enquadramento dos educadores no cargo de pedagogo, acarretaria em insegurança jurídica.
Hoje, no entanto, o sindicato vê com apreensão a proposta. Isso porque, no fim do mês passado, o Diário Oficial do Município (DOM) publicou os possíveis cortes na folha de pagamento, como gratificações e horas extras, entre outros benefícios de servidores efetivos. No entanto, no dia seguinte o prefeito afirmou que a medida não tinha validade.

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