Na longa entrevista que concedeu ao programa Polithéia, na Fonte TV, que tem traço de audiência (abaixo de 1 ponto), o empresário Vanderlan Cardoso voltou a se vangloriar dos seus dois mandatos como prefeito de Senador Canedo – como sempre claudicando no português e na dificuldade para completar frases.
Referindo-se a ele mesmo na terceira pessoa, Vanderlan disse que “quem conhece Vanderlan sabe que ele administrou Senador Canedo com seriedade”. Complementando, disse que “a tendência de quem sabe da forma como Vanderlan levou aquela administração é nos apoiar”.
O problema é que, segundo o Ministério Público Estadual e o Poder Judiciário, a “seriedade” anunciada por Vanderlan como marca da sua gestão em Senador Canedo não é, digamos assim, nenhuma Brastemp.
Vanderlan responde a vários processos por improbidade administrativa. Em um deles, até a sua esposa, Izaura Cardoso, é ré. Em primeira instância, o empresário já está condenado: a Justiça considerou que uma doação de R$ 550 mil reais a um time de futebol, que ele fez como prefeito, configurou um ato “ilegal, imoral e lesivo aos cofres do município” e o condenou a pagar uma multa, além de suspender os seus direitos políticos por três anos.
Vanderlan administrou Senador Canedo com seriedade, como ele mesmo apregoa?
Segundo o Ministério Público Estadual e o Poder Judiciário, a resposta é não.