A literatura técnica faz uma divisão muito clara entre lixões e aterros sanitários. Aterros seguem regras de higiene e respeito ao meio ambiente bastante definidas. Lixões são apenas amontoados de resíduos sólidos que não recebem o tratamento adequado e degradam o solo, a água e o ar.
Goiânia era, até pouco tempo, um dos únicos municípios goianos que tinham um aterro sanitário. Mas isso é coisa do passado. O que funciona hoje na região Noroeste é um lixão de quinta categoria, que se transformou num criadouro de moscas e foco de doenças.
Há falhas em todas as etapas de tratamento de resíduos sólidos, que inclui impermeabilização do aterro, tratamento das células de lixo, recobrimento das camadas, captação e queima de gases, coleta de chorume e águas pluviais.
A reportagem – a primeira de uma série assinada pelo jornalista Pedro Palazzo – informa que, sem tratamento adequado, “o aterro coloca o bem-estar de milhares de famílias em risco. O mau cheiro prolifera pela Região Noroeste da Capital e é um forte atrativo para insetos – principalmente moscas – que incomodam muita gente”.
Uma vergonha, em resumo.
Só falta Paulo Garcia lançar mão da velha estratégia de atribuir todos os problemas da sua administração à imprensa ou à oposição…