A jornalista Karla Jayme, presença tradicional na página de opinião de O Popular, faz considerações, nesta quinta-feira, sobre o fim dos jornais impressos, sob o impacto da evolução acelerada da internet.
Karla, habilidosamente, pois está ocupando espaço em um dos veículos em papel mais poderosos do Estado, sugere que a imprensa está numa encruzilhada e que o jornal impresso segue rumo ao fim, o que seria apenas questão de mais ou menos tempo”.
Leia, a seguir, o trecho do artigo de Karla Jayme que reconhece o fim do jornal impresso, mas faz profissão de fé na sobrevivência do jornalismo:
“A imprensa está numa encruzilhada. Alguns indicam até que, seja qual for o caminho, o jornal impresso segue rumo ao fim, o que seria apenas questão de mais ou menos tempo. Outros apostam que não, que o papel sobreviverá paralelamente às novas mídias. A tecnologia prevalecerá, é fato, mas no que diz respeito ao conteúdo, nada substitui as boas ideias e o compromisso e a clareza ao comunicá-las. Motivos pelos quais diante de fatos de maior impacto, são mais procurados os portais, sites e blogs de veículos e profissionais que conquistaram credibilidade.
Para manter-se útil e interessante, há que investir em jornalismo de qualidade. E isso requer jornalistas comprometidos com a apuração criteriosa da notícia e dispostos a ouvir. Há que ser um eterno curioso para desfrutar de um dos maiores privilégios da profissão, uma espécie de passaporte para transitar por diferentes lugares e entre as mais diversas pessoas a fim de captar recortes de realidade. Responsabilidade imensa a chance de entender um pouco mais o mundo e transmitir essa compreensão, primeiro passo para tentar melhorar o que é preciso – e não faltam denúncias nem tarefas a realizar. Vida longa ao jornalismo”.