Na semana passada, o vereador Izídio Alves, então líder do PMDB na Câmara Municipal, manifestou publicamente o interesse do partido em indicar o novo presidente da Comurg, uma vez que Luciano de Castro (que era da cota do PMDB) foi afastado por decisão judicial e suspeita de corrupção.
O prefeito Paulo Garcia (PT) nomeou Nelcivone Melo como interino e escondeu de sua turma o que pretendia fazer com o abacaxi em mãos. A Comurg é o pulmão da prefeitura, porque movimenta muito dinheiro e executa serviços essenciais para Goiânia, como a coleta de lixo (que estava paralisada). Paulo titubeou e decidiu não entregá-la ao PMDB, com medo de a crise se agravar ainda mais.
No último sábado, a prefeitura comunicou a nomeação de Ormando Pires Júnior para presidência. Ormando é filiado ao PT desde 2001 e teve o seu nome envolvido no escândalo dos marajás da Comurg. No último mês, seu salário foi de R$ 57 mil (!!!).
Efeito imediato, Izidio renunciou à liderança do PMDB. Será que a sucessão destes fatos foi mera coincidência ou a base do prefeito na Câmara ruiu mais pouco?