Conforme prometido há mais de uma semana, os servidores em greve da Secretaria de Educação de Goiânia ocuparam as galerias da Câmara Municipal em protesto contra a péssima administração do prefeito Paulo Garcia (PT) e o calote que ele patrocina na data-base salarial e nas gratificações, que ele mandou cortar.
A barulheira e a pressão dos grevistas foi tanta que o presidente da Casa, Clécio Alves (PMDB), mesmo contrariado, foi obrigado a abrir a tribuna para uma representante dos professores manifestar o seu desagravo. E o que se passou foi um sermão não só nos prefeitos, mas na turba de vereadores fisiologistas que se agacham às vontades do Paço em troca de sinecuras e pequenos favorecimentos políticos ou pessoais.
“Vocês deveriam honrar os votos que receberam. Vocês foram eleitos para representar a população. E a população de Goiânia sofre”, disse a professora Heliany Wyrta com o dedo em riste para Célia Valadão (PMDB), Tayrone di Martino (PT), Carlos Soares (PT), Clécio Alves (PMDB) e cia.
Devidamente equipados com narizes de palhaço, cartazes e faixas de protestos, os servidores aplaudiram a colega.
Muitos sentiram-se atingidos com a reclamação da professora. “Vou te pegar, mulher”, gritou Anselmo Pereira (PSDB). “Não adianta vir aqui xingar vereador, xingar presidente, derrubar a Câmara. Isso não vai mais acontecer. Nós não admitimos”, esbravejou Clécio.
O fato é que, enquanto a maioria da Câmara se curvar aos desmandos do prefeito, cenas como essa continuarão a acontecer.
Veja aqui a reportagem completa da TV Anhanguera.