Em um post que obteve grande repercussão, no seu perfil no Facebook, a repórter política Fabiana Pulcineli denuncia jornalistas que têm vínculos com o Governo ou com políticos, muitos dos quais trabalham ao seu lado na redação de O Popular.
Fabiana aproveitou o episódio em que a jornalista Vera Magalhães, que editava a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, uma das mais lidas do país, foi demitida por ser casada com o jornalista Otávio Cabral, que assumiu uma função de coordenação de comunicação da campanha do tucano Aécio Neves.
Ela considerou a demissão justa. E comentou no Face: “Eu vejo esse afastamento da ótima Vera Magalhães do Painel da Folha – porque é casada com um jornalista que trabalhará na campanha de Aécio – e fico pensando que em Goiás há jornalistas que acham normal e certo cobrir política e (ao mesmo tempo!) fazer assessoria para governos ou políticos. Há jornalistas que são assessores de políticos e são os entrevistadores dos seus assessorados nos veículos. Ai ai”.
O post causou furor. Na redação de O Popular, há inúmeros exemplos de jornalistas que reproduzem a situação de Vera Magalhães. O titular da coluna Giro, Jarbas Rodrigues, é casado com a jornalista Andreia Cristina Palma Borges, que trabalha na Assembleia Legislativa, em cargo comissionado. A editora-chefe de O Popular, Cileide Alves, é companheira de Fernando Pereira dos Santos, superintendente da Secretaria da Educação, ocupante também de cargo comissionado. Nos dois casos, os salários são elevados.
Mas há mais casos na redação de O Popular – o que indica que o comentário de Fabiana Pulcineli pode ter sido dirigido dirigida aos próprios colegas. Há pouco tempo, ela foi envolvida em uma polêmica nas redes sociais, a partir da divulgação do seu suposto salário no Grupo Jaime Câmara, que seria de R$ 7 mil mensais, muito acima da média dos colegas – e foi alvo de reações jocosas na própria redação do jornal. Irritada, pode estar dando o troco.
