Também ouvido na edição deste domingo do Diário da Manhã, em reportagem que procurou avaliar o impacto da aliança entre o deputado federal Ronaldo Caiado e Iris Rezende, o cientista político Wilson Ferreira da Cunha, que leciona Ciência Política e Antropologia na PUC, disse que “a união de Caiado e Iris é fundada no oportunismo e na conveniência pessoal”.
Segundo Wilson Cunha, “a aproximação entre os dois deixa o eleitor assustado e perplexo, já que DEM e PMDB têm um histórico de antagonismo desde as suas origens, na República Velha”.
“Tanto Caiado quanto Iris perdem com essa união”, acredita o professor, que fulmina: “E uma aliança de perdedores”. E mais: “Essa aliança não se dá com base em princípios éticos, não inclui propostas de Governo ou comportamentos republicanos. E os eleitores de Caiado rejeitam Iris Rezende. É só buscar os arquivos das campanhas passadas para verificar o grande volume de ataques de Caiado a Iris”, sugere.
Mas o pior, segundo Wilson Cunha, é que “os eleitores de Iris também não votam em Caiado, estigmatizado como político de direita, reacionário, defensor de apenas um segmento da sociedade, o setor rural conservador. Isso não vai dar certo”, arremata o professor.