Desde que o então secretário de Finanças da prefeitura de Goiânia Cairo Peixoto se rebelou contra Paulo Garcia (PT) e trouxe à luz detalhes do caos financeiro que tomou de assalto a administração municipal, o prefeito pouco se movimentou para organizar as contas da cidade.
A inércia do petista motivou o Ministério Público e o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) a concentrarem esforços na redação de um documento que contém medidas que precisam ser adotadas a curto prazo para salvar a prefeitura da bancarrota. Este documento foi publicado na última segunda-feira, e “lembra” ao prefeito que ele está com a corda no pescoço.
O promotor Fernando Krebs e o procurador José Gustavo Athayde resgatam à memória de Paulo Garcia, por exemplo, que os gastos com funcionalismo público atingiram 58,57% da receita corrente líquida do município, enquanto o teto aceito por lei é 54%.
Também recapitula ao prefeito o fato de que o Paço possui dívida de R$ 400 milhões com fornecedores, e é por causa dela que os serviços e obras em execução na cidade pararam (ou seguem em ritmo de tartaruga).
Também lembra que, apesar das várias recomendações para enxugar os gastos com pessoal no começo de 2014, visto que no último quadrimestre de 2013 a despesa representava 58,57% da receita corrente líquida, o balanço do primeiro quadrimestre deste ano registrou 55,64% – que o Ministério Público chama de “acanhada redução”.
Agora é o seguinte: ou Paulo Garcia age ou sofre as punições previstas por lei.
Ele decide.