Entrevistado pelo Diário da Manhã, o professor Itami Campos, de Ciência Política da UFG e da Unievangélica, defende uma tese: o eleitor goiano não quer saber de “sangue” nos debates durante a campanha pela disputa do Governo do Estado. “Esse período do ringue eleitoral já passou. O eleitor evoluiu e quer comportamento adequado e responsável dos candidatos”, diz Itami.
Um dos cientistas políticos mais renomados em Goiás, o professor acrescenta que o governador Marconi Perillo está correto quando propõe uma campanha “em alto nível”, voltada para a apresentação de projetos que interessam à comunidade, como, por exemplo, soluções para a segurança pública em Goiás. “O eleitor quer saber como o candidato vai resolver os problemas de segurança, de transporte coletivo e não ouvir uma troca de acusações”, entende.
Itami Campos lembra que baixaria e ataques pessoais só levam o candidato ao fracasso eleitoral. E cita, como exemplo, a campanha de 2008, em Anápolis, em que os dois candidatos que começaram melhor colocados – Ridoval Chiareloto e Frei Valdair de Jesus – enveredaram pela troca de acusações, caíram nas pesquisas, permitindo a ascensão e a vitória de Antônio Gomide, que no início estava em quarto lugar.