quinta-feira , 28 novembro 2024
Goiânia

Marajás da Comurg, IPTU, Plano Diretor, Túnel Lavajato e lixo: relembre episódios macabros da Era Paulo Garcia

A administração do pior prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), entrou em contagem regressiva. São mais dois anos até se encerre um mandato marcado por de escândalos e denúncias diversas de malversação do dinheiro público.

São tantos episódios de corrupção ou de má gestão que nem o goianiense com memória privilegiada seria capaz de se lembrar de todos.

O blog presta aqui mais um serviço de utilidade pública e relembra ao leitor porque ele deve defenestrar o grupo de Paulo Garcia da prefeitura em 2016.

Confira:

Plano Diretor

Logo nos primeiros meses de 2012, Paulo Garcia mandou para Câmara um projeto de lei que intencionava afrouxar o Plano Diretor de Goiânia. O objetivo era claro: desregulamentar as normas para edificações na Capital, saciar a fome do mercado imobiliário e pagar a fatura que o PT tinha com as construtoras, que deram vultosas colaborações para campanha de 2012 ($$$$). Com as mudanças, permitiu-se erguer mega-prédios em bairros já saturados, como Coimbra, Oeste, Sul e Jardim América, e em locais que eram destinados à preservação ambiental – notadamente na região Norte da cidade, próximo ao campus da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Coleta de lixo

Em 2013, Paulo Garcia deu calote milionário nas empresas que trabalham na coleta de lixo da Capital. A cidade ficou imunda. Toneladas de restos tomaram conta da paisagem urbana, espalhando chorume e mal cheiro por toda parte. Ratos e baratas ficaram fãs do prefeito. Esta crise até hoje não foi definitivamente solucionada.

 Marajás da Comurg

No segundo semestre de 2013, uma grave crise explodiu na prefeitura: os supersalários da Comurg. Denunciada pelo vereador Elias Vaz, as supostas irregularidades tornaram-se ampla investigação do Ministério Público e teve repercussão nacional. O presidente da Companhia, ligado a Iris Rezende, Luciano de Castro, foi afastado e teve seus bens indisponibilizados. O escândalo também atingiu o ex-chefe de Gabinete de Iris, João de Paiva Ribeiro.

Fichas sujas

Na campanha de 2012, Paulo Garcia prometeu que, se fosse eleito, não abrigaria na prefeitura nenhum político ficha suja, ou seja, condenado pela Justiça. Era mentira. A atual secretária de Educação é Neyde Aparecida, que já foi condenada por uso eleitoreiro da estrutura de cargos da Comurg. Neyde contratou um exército de comissionados que, em 2010, mostrou-se muito útil na sua eleição para deputada federal.

Operação Jeitinho

Também foi na gestão do prefeito Paulo Garcia que o Ministério Público e a Polícia Civil deflagraram a Operação Jeitinho, que desarticulou um esquema de cobrança de propina para liberação de licenças ambientais na prefeitura. Estão sob investigação pelo menos dois vereadores da base do prefeito: Paulo Borges (PMDB) e Wellington Peixoto (Pros).

Venda de áreas públicas

Com o apoio acrítico de sua base de vereadores aliados na Câmara Municipal, o prefeito Paulo Garcia (PT) aprovou projeto de lei que o autoriza a vender terrenos da prefeitura que, a princípio, deveriam ser usados para construção de creches, postos de saúde, bibliotecas, escolas e outros prédios para usufruto público. Foi mais uma manobra para agradar os empresários do ramo imobiliário. Por ora, e felizmente, a desafetação está suspensa por decisão judicial provocada pelos vereadores de oposição.

Iluminação de Natal

Logo após as eleições de 2012, a equipe do prefeito Paulo Garcia anunciou que Goiânia não teria iluminação de Natal naquele ano. Alegação: falta de recursos da Comurg. A crise afetou o humor das entidades empresariais, que fez a prefeitura voltar atrás.

Lei Moreirinha

Para satisfazer empresários e potenciais doadores de recursos para campanha eleitoral de 2012, Paulo Garcia empurrou goela abaixo, na Câmara Municipal, projeto de lei que autorizava a desafetação de uma enorme área no Setor Coimbra, que seria utilizada para expansão predatória do supermercado Moreirinha – que virou Hipermercado, com H maiúsculo.

Greves

A partir de 2013, a prefeitura de Goiânia foi foco de movimentos grevistas. Os grupos que se rebelaram cobravam acordos passados e salários. Professores, integrantes da Guarda Civil, agentes de trânsito e servidores da saúde mostraram insatisfação. A greve ou protesto mais grave partiu dos professores que invadiram a Câmara Municipal de Goiânia. O fato teve repercussão nacional: bandas de punk invadiram a casa para realizar show e apoiar o movimento.

Ofensiva contra professores

Paulo Garcia ganhou o título de inimigo número um dos professores depois que ordenou o corte de uma série de gratificações salariais da categoria, em especial o auxílio-locomoção e o adicional de insalubridade, que representavam um alívio para profissionais que precisam sustentar famílias com um salário baixíssimo. Os professores se organizaram e ocuparam a Câmara para dizer que não tinham culpa pelo rombo financeiro causado por Paulo, Iris e sua turma. Declararam greve, mas não adiantou nada. O prefeito continua insensível aos apelos do magistério.

Túnel lavajato

As administrações de Paulo Garcia e do seu antecessor, Iris Rezende, também são marcadas por obras de infraestrutura frágeis, que se desfazem como cascas de ovo. Dois exemplos disso são o viaduto da T-63, construído por Iris e que já está sem boa parte das placas metálicas de revestimento; e o túnel da avenida Araguaia, feito às pressas pelo petista para ser inaugurado (com show da banda Jota Quest) no aniversário de Goiânia, em 2013. Dias depois da festa, o túnel estava inteiramente alagado. Ganhou o apelido jocoso de Túnel Lavajato.

Crise política

Neste quesito, Paulo Garcia teve duas espécies de atrito: com a própria base e com a oposição. Perdeu o apoio de três dos quatro vereadores do PT (Tayrone Di Martino, Felisberto Tavares e Djalma Araújo) e obteve inesperadas derrotas dentro da Câmara, como na votação do projeto de lei que previa aumento do IPTU em 2013.

Crise financeira

É o problema mais grave de todos. Paulo Garcia realizou reforma administrativa tendo em vista minorar um déficit que foi estipulado pela própria Prefeitura em R$ 300 milhões. Existe ainda um déficit mensal que já deve ter aumentado em pelo menos 40% a dívida total da administração.

Aumento do IPTU

Em 2013, de uma hora para outra, Paulo Garcia surgiu com a proposta de aumentar o IPTU de Goiânia em mais de 30%. Seria um aumento linear no imposto, que afrontava a lógica porque estava muito acima da inflação. Paulo sofreu uma derrota fragorosa na Câmara, com a deserção inclusive de dois vereadores da sua base: Felisberto Tavares (PT) e Tatiana Lemos (PCdoB).

 

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