O prefeito Paulo Garcia (PT) outra vez cedeu aos reclames da especulação imobiliária e desistiu de instituir o IPTU progressivo em Goiânia, que sobretaxa os imóveis que os donos insistem em deixar desocupados.
O IPTU progressivo é a principal arma que as prefeituras têm para combater a especulação imobiliária e impedir que as famílias de baixa renda sejam expulsas para bairros afastados, onde não há transporte coletivo, postos de saúde, asfalto e creches.
Ele já está regulamentado em Goiânia desde 2011, mas para começar a valer é preciso promover alterações no Código Tributário do Município – o que Paulo se nega a fazer porque sempre cede às pressões.
O jornalista João Lemes lamentou, em artigo publicado nesta segunda-feira pelo O Popular, que não haja mais tempo para fazer o imposto progressivo valer já no exercício fiscal de 2015. Segundo ele, a má notícia resulta da “política do improviso” adotada pela prefeitura, em que não há planejamento de longo prazo. “E o planejamento não avança porque sempre esbarra em interesses políticos”, diz Lemes.