A edição desta segunda-feira do jornal O Popular publica três análises avassaladoras a respeito da administração do prefeito Paulo Garcia (PT), assinadas pelos jornalistas Fabiana Pulcineli, João Lemes e pelo presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU), John Mivaldo da Silveira.
Lemes e Pulcineli jogam luz sobre a incompetência da equipe responsável pelo relacionamento entre o Paço Municipal e a Câmara de Vereadores às vésperas da votação do projeto de lei que estipula aumento linear de 57,8% no IPTU de Goiânia. Também dizem que o prefeito não conseguiu provar para população que o reajuste é justo, uma vez que o valor que hoje é arrecadado com impostos – já alto – não é revertido em benefícios para cidade.
“A prefeitura ainda não convenceu de que merece esse crédito tão caro ao bolso do contribuinte”, diz Pulcineli. “Problemas na cidade persistem e cortes na estrutura administrativa ainda seriam possíveis, o que reforça a sensação de que o aumento proposto é abusivo”.
Lemes afirma que Paulo Garcia terá grande dificuldade para aprovar o aumento do IPTU na Câmara porque a resistência dos vereadores é enorme. “Líderes de partidos e de grupos na Casa reclamam da falta de diálogo – e principalmente de obras – com a gestão municipal”, diz o jornalista.
(IN) SUSTENTABILIDADE
John Mivaldo escolheu, para o seu artigo, um tema que Paulo Garcia impôs à pauta das eleições de 2012, mas que foi prontamente abandonado depois que a sua reeleição foi confirmada: sustentabilidade.
Mivaldo trata como “utopia” a proposta de erguer os alicerces de uma comunidade sustentável em Goiânia a curto prazo porque, na sua opinião, predominam na cidade os interesses do mercado imobiliário, que confrontam os interesses públicos. “Poderá Goiânia voltar aos seus propósitos iniciais de uma cidade ambiental e socialmente sustentável?”, pergunta o presidente.
Ele mesmo responde a questão. “Para que Goiânia volte a emergir no seu propósito de sustentabilidade, é preciso, inicialmente, que o município reassuma o seu compromisso com o planejamento urbano. (…) É necessário ainda reconhecer os erros históricos”.