Um dos momentos mais tensos na manhã de hoje na Câmara Municipal de Goiânia ocorreu quando o corajoso e meio doido vereador Djalma Araújo (PT), com voz embargada, começou a falar em voz alta os motivos da mudança do Plano Diretor: “Eu quero ler aqui um documento oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Isso é um tapa na cara da sociedade. Então vem o Iris…”.
Às 11h35, na hora que Djalma citou o nome do cacique do PMDB, Clécio Alves (PMDB), presidente da Câmara Municipal de Goiânia, interferiu e ameaçou: “Vossa excelência se atenha a discussão do projeto! Esse tema não faz parte da discussão do projeto! Se atenha a discussão do projeto! Iris não faz parte do projeto”, disse Clécio Alves quase gritando e desesperado porque a informação é pública no TSE.
Djalma se referia a uma doação de R$ 1 milhão ao ex-prefeito Iris Rezende (PMDB), quando ele enfrentou Marconi Perillo (PSDB) na disputa pelo governo em 2010.
Djalma tomou o microfone e disse: “O projeto é um jogo de cartas marcadas!!! Cadê a coragem de Tayrone? Cadê a coragem de Paulo Magalhães? Cadê a coragem do Carlos? Esse projeto atende o poder econômico, gente! Hypermarcas doou 1 milhão para Iris Rezende. O documento é oficial!”
O vereador Geovani Antônio (PSDB) disse que todos os vereadores de oposição apresentaram propostas, mas foram rejeitadas. Ele acusou o prefeito de querer governar sozinho, sem o legislativo. “Então fecha esse poder, fecha, prefeito!”