sábado , 16 novembro 2024
Goiânia

No DM, deputado Karlos Cabral insiste que o PT quer indicar candidato em 2014

Veja entrevista do deputado Karlos Cabral ao jornalista Renato Dias, do Diário da Manhã, em que ele insiste na tese de que o PT deve indicar o nome do candidato a governador da aliança com o PMDB. Para ele, Antônio Gomide (prefeito de Anápolis) é o nome. Júnior Friboi deve ser o vice e Iris Rezende, o candidato ao Senado.

Veja a entrevista:

 

PT quer indicar nome, afirma Karlos Cabral

Deputado estadual sugere Júnior Friboi para vice e Iris Rezende Machado para o Senado da República

 

Diário da Manhã

Renato Dias

O PT tem, hoje, capilaridade social e densidades política e eleitoral para indicar, em 2014, apesar da aliança com o PMDB, o candidato a governador de Goiás. É o que afirma com exclusividade ao Diário da Manhã o líder da bancada petista na Assembleia Legislativa, Karlos Cabral. Animado, o dirigente apresenta três nomes: o do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, o do chefe do executivo de Anápolis, Antônio Roberto Gomide, além do deputado federal Rubens Otoni Gomide.

Animado, o parlamentar lembra que o carro-chefe do processo eleitoral será a campanha à reeleição da presidenta da República, Dilma Rousseff , com o peemedebista Michel Temmer (SP) na vice. Com 17 prefeituras municipais, 24 vices, dois deputados federais, quatro estaduais e diretórios e comissões provisórias instalados nos 246 municípios do Estado, o partido reúne força política suficiente para bancar, com os aliados tradicionais, uma candidatura com chances reais de vencer o pleito, afirma.

Karlos Cabral aprova o ingresso do empresário multinacional Júnior Friboi, ex-Partido Socialista Brasileiro (PSB), no PMDB. Segundo ele, o dirigente seria uma opção para a vice. Em nome da unidade das legendas que dão sustentação ao projeto Dilma Rousseff nos Estados, explica. Pragmático, acredita que o ex-ministro da Agricultura e da Justiça e ex-governador de Goiás Iris Rezende Machado (PMDB) é um nome “imbatível “ para o Senado. O líder petista lembra que o PT apoiou o PMDB nas eleições de 2010 à Casa Verde.

Além da representação política, outro critério que deveria ser utilizado para a definição do cabeça-de-chapa na eleição ao Palácio das Esmeraldas é o da pesquisa. Ele se refere tanto ao levantamento qualitativo, com o desenho do perfil que o eleitor de Goiás quer de um chefe do Executivo, quanto quantitativo, para avaliar as possibilidades eleitorais do pré-candidato. O cardeal do Movimento PT, facção interna, lembra que as administrações do PT em Goiânia e Anápolis possuem elevados índices de aprovação popular.

“O que deve ser levado em conta na mesa de negociações “, explica. Karlos Cabral afirma que o “jeito petista de governar “ é modelo de sucesso no Brasil. Ele informa ao Diário da Manhã que o PT foi o partido político mais votado nas eleições passadas em Goiás. “O PT avançou, ganhou musculatura, aumentou o número de prefeitos, vices e vereadores e ampliou os espaços políticos e eleitorais em regiões que até então não possuía tradição, como no Sudoeste, Norte e Nordeste goianos “, analisa, bem-humorado.

A candidatura de Dilma Rousseff fortalecerá o PT de Goiás nas conversações e montagem de palanques, aposta. A estratégia petista é eleger o inquilino da Casa Verde, dobrar a bancada no Palácio Alfredo Nasser, de quatro para oito representantes, e ampliar de dois para quatro o número de deputados federais, dispara. Um projeto de poder factível, registra. Sustentável, completa. Karlos Cabral relata ao Diário da Manhã que o seu projeto inicial é concorrer à reeleição, mas que pode também disputar a Câmara Federal.

O dirigente participa, hoje, em Brasília (DF), capital da República, de um fórum nacional do Movimento PT, agrupamento liderado nacionalmente por Arlindo Chinaglia (SP), deputado federal, e pela ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário (RS). Na pauta, a celebração de acordo com os grupos majoritários do partido para garantir a recondução do jornalista Rui Falcão (SP) à presidência nacional da sigla. Direta, a eleição ocorrerá no mês de novembro de 2013.

Organizador de ato realizado em abril passado, na Assembleia Legislativa de Goiás, de devolução simbólica dos mandatos dos parlamentares e executivos cassados no Estado durante a ditadura civil e militar (1964-1985), ele critica a condução atual dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, coordenada, hoje, pelo cientista político Paulo Sérgio Pinheiro. “Ela precisa avançar mais ainda “, atira. Karlos Cabral gostaria de ver implantado, no Brasil, o modelo argentino de Comissão da Verdade.

O petista quer uma nova interpretação da Lei de Anistia, de agosto de 1979. Tortura e desaparecimento forçado são crimes imprescritíveis, não passíveis de anistia, como a que ocorreu sob o governo do general-presidente João Batista Figueiredo, crê. Os responsáveis por graves violações dos direitos humanos naquele período devem ser investigados, julgados e punidos, de acordo com o Direito Internacional dos Direitos Humanos, propõe. “Qualquer democracia moderna tem que fazer isso “, fuzila. “Para que não se repitam “, metralha.

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