Obcecado com a idéia de ser governador do Estado, destino que estaria reservado a ele por manifestações divinas, segundo apregoa como evangélico fervoroso que é, o ex-prefeito de Senador Canedo Vanderlan Cardoso (sem partido) nunca conseguiu formular qualquer tipo de proposta para o futuro de Goiás.
Ao apresentar o seu nome para postular um cargo, seria natural que um político tivesse a preocupação de alinhar um projeto capaz de sensibilizar e mesmo conquistar a preferência do eleitorado. Não é o caso de Vanderlan, um empresário que jamais teve vida publica e até hoje só exerceu a função de prefeito de Senador Canedo – onde fez uma administração fria, tecnocrática, sem identidade e sem conseguir projeção política.
Mesmo porque, se Vanderlan conseguiu disputar a última eleição para governador, ele o fez muito mais por ser um empresário rico e bem sucedido e menos como conseqüência do seu apagado mandato como prefeito de uma das maiores cidades da Grande Goiânia.
O caso de Vanderlan é parecido com o de Júnior Friboi. O que justifica a candidatura de Friboi a governador? Nada, a não ser que seus irmãos são donos da JBS, um dos maiores conglomerados de carnes do mundo e, portanto, senhores de uma imensa fortuna. É por isso que Júnior Friboi é candidato, já que é outro postulante que sequer consegue alinhar frases coerentes nas entrevistas que concede à imprensa, sempre paupérrimas de idéias.