Editorial deste domingo do jornal O Popular não poupa críticas às obras paradas da Prefeitura de Goiânia.
O assunto foi manchete de capa da publicação no sábado, com destaque para a Avenida Leste-Oeste, a Marginal Cascavel e o prolongamento da Marginal Botafogo.
Segundo o texto,” As obras públicas mais caras são aquelas que são interrompidas ou ficam paralisadas e assim arrancam mais do orçamento quase sempre insuficiente para o atendimento das necessidades da população”.
Veja o texto:
Obra parada, obra cara
As obras públicas mais caras são aquelas que são interrompidas ou ficam paralisadas e assim arrancam mais do orçamento quase sempre insuficiente para o atendimento das necessidades da população. Reportagem na edição de ontem deste jornal mostrou importantes obras que estão paradas em Goiânia, como a Avenida Leste-Oeste, a Marginal Cascavel e o prolongamento da Marginal Botafogo.
A Avenida Leste-Oeste já deveria estar cumprindo função de grande valia para a cidade, qual seja, ligar o Parque Oeste Industrial à saída para Senador Canedo, contribuindo para desafogar o trânsito em uma extensa área. A Leste-Oeste foi iniciada mas empacou por falta de verbas, com apenas um terço dos cerca de 30 quilômetros de sua extensão total. Se for retomada, o que parece difícil por não estar recebendo mais recursos federais, essa avenida ficará muito mais cara do que o previsto. Pior ainda, se não for retomada, isto consistirá em um grande prejuízo e insensato desperdício de dinheiro público.
A Marginal Cascavel também deveria estar contribuindo para a integração de trechos urbanos importantes e os entraves à obra ficaram mais acentuados ainda depois que a Prefeitura, por causa do escândalo da Operação Monte Carlo, rompeu o contrato com a construtora Delta.
A Marginal Botafogo precisa ser prolongada, mas também está sem os recursos para ter sequência.