A “estrangeira” importada por Paulo Garcia (PT) para a Superintendência Municipal de Trânsito (SMT) completa sete meses no cargo na próxima semana. Tempo suficiente para adaptar-se ao calor intenso de Goiânia – menos agradável que o clima de São Paulo, de onde veio.
Em sete meses, Patrícia Veras pouco avançou no desígnio para o qual foi chamada: desafogar o encalacrado trânsito da Capital goiana.
Em vez de porta-voz de soluções e boas notícias, Patrícia notabilizou-se como gerente. Aliados consideram incrível a sua habilidade para gerenciar a milionária indústria da multa em operação no trânsito de Goiânia. Ela o faz com desenvoltura de fazer inveja a Miguel Tiago, o antecessor.
Patrícia multiplicou a arrecadação e agravou a impaciência do motorista na mesma proporção com que engordou os cofres da prefeitura. Criou dois corredores preferenciais com câmeras de vigilância instaladas de cabo a rabo, prontas para flagrar consumidores das lojas que funcionam na Rua 10 ou na avenida T-63 ou motoristas desatentos.
Como especialista de trânsito, a estrangeira sabe que há dois caminhos possíveis para disciplinar as ruas de Goiânia: a educação e a punição.
Desde Pedro Wilson e passando por Iris Rezende, todos os prefeitos da era PT/PMDB optaram pela segunda via. Multaram a torto e à direito. Cassaram carteiras e mais carteiras de habilitação. A pergunta que fica é: a perseguição surtiu efeito? O trânsito de Goiânia melhorou nos últimos oito anos e meio?
Pelo contrário. Piorou e continua a piorar. Agora, com o agravante das multas.
Será que em Santo André, São Vicente e São José dos Campos, onde a estrangeira também serviu como especialista, a aplicação desenfreada de multas atingiu o seu propósito?
Aliás… qual é mesmo o propósito? É educar ou arrecadar?