sexta-feira , 27 dezembro 2024
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Educação: rede estadual de Goiás é primeiro lugar no Ideb do Brasil

Goiás atingiu a maior nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) na avaliação do ensino médio, em todo o Brasil, com 4,8. Também se tornou a única unidade da Federação a bater a meta individual estipulada para o ano de 2019. Além disso, o patamar alcançado foi superior ao registrado nacionalmente, de 4,2.

“Parabéns a Fátima Gavioli, do Estado de Goiás, pelo belíssimo resultado deste ano”, afirmou o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, durante a apresentação dos dados, realizada nesta terça-feira (15/09). A titular da Secretaria de Estado da Educação acompanhou a solenidade, em Brasília.

Os dados referentes a 2019 levaram em conta a matrícula de 7,5 milhões alunos em 28,8 mil escolas de todo o Brasil. O Ideb, criado a partir de decreto federal em 2007, é divulgado a cada dois anos. Trata-se de um monitoramento da qualidade do sistema de educação no país, que relaciona o desempenho dos estudantes em avaliações externas de larga escala com dados de fluxo escolar. A última apresentação do Ideb será em 2022, com informações que serão coletadas no ano que vem. O governo federal trabalha para a implantação de uma nova metodologia a partir de então.

Em relação ao Ideb do ensino médio, Goiás puxa a lista dos que apresentaram melhor desempenho, superando, inclusive, estados do Sul e Sudeste, como Espírito Santo, São Paulo e Paraná. Quando se analisam apenas os dados da rede pública goiana, a nota é de 4,7, superior à meta estipulada de 4,4. Em Goiás, mais de 82% das matrículas do ensino médio são da rede estadual, de acordo com os dados de 2019.

Apesar de os anos iniciais e finais do ensino básico estarem majoritariamente sob a responsabilidade dos municípios, a divulgação do índice também mostrou que, no caso de Goiás, quanto maior a participação do Estado no sistema de educação, maior também a nota alcançada. Em relação aos últimos anos, 59,1% das matrículas de 2019 foram feitas em alguma unidade estadual. Neste quesito, as unidades da Seduc ficaram em terceiro lugar no Brasil, com nota de 5,3, apenas dois décimos a menos do que as de São Paulo, que despontou na lista. Vale lembrar que, neste extrato do estudo, Goiás bate a meta projetada pelo Ministério da Educação (MEC), de 5,3.

Já quando a pesquisa envolve os primeiros anos escolares, Goiás figura na sétima posição, com nota 6,2, também acima da previsão da máxima para o Estado, que era de 6,0. Neste contexto, a maior parte das matrículas, 77%, são da rede municipal, e, menos de 3%, do Estado. Os outros 20% referem-se às escolas privadas.

Avanços
Para quem acompanha, rotineiramente, a participação do governador Ronaldo Caiado nos eventos da Seduc, não é surpresa vê-lo afirmar: “Apertem no ensino do português e da matemática desses meninos”. A partir do bom conhecimento dessas matérias, um mundo novo pode se abrir para os alunos, avalia.

Os dados do Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás de 2019 (Saego) indicaram salto de qualidade na rede estadual em 2019, em relação a 2018, mediante comparação dos resultados dos estudantes do 5º ao 9º ano do ensino fundamental, e da terceira série do ensino médio. Foi justamente no último ano dos alunos que foi verificado o maior crescimento: 7,6 pontos a mais em língua portuguesa, passando de 266,8 para 274,4; e 6,9 a mais em matemática, deixando a casa de 268,1 para alcançar 275 pontos.

Ideb
O indicador é composto por dois tipos de dados: aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e desempenho dos estudantes no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) em língua portuguesa e matemática.

O Ideb é calculado de modo a equilibrar aprovação e desempenho, então o peso de um afeta o outro. Ou seja, para atingir um bom Ideb, é preciso ter bons resultados tanto na aprendizagem (desempenho no Saeb) quanto nas taxas de aprovação.

O Saeb 2019 contou com a aplicação de testes para 7,6 milhões de estudantes matriculados em 291 mil turmas em todos os sistemas de ensino das cinco regiões brasileiras. Mais de 70 mil escolas públicas participaram do processo.