Localizadas em locais nobres, Praças do Cruzeiro e do Sol têm problemas estruturais e estão abandonadas pelo prefeito Paulo Garcia, segundo ampla reportagem ilustrada com várias fotos, publicadas nesta sexta-feira no jornal O Popular.
Apesar disso, a Prefeitura tem um rombo de R$ 135 milhões nas contas. Ninguém sabe para onde vai o dinheiro arrecadado dos nossos impostos.
Mesmo assim, Paulo Garcia ainda tem o descaramento de anunciar que vai aumentar o IPTU e o ITU.
Veja a reportagem completa:
Praças
Praças abandonadas em região nobre de Goiânia
Localizadas em regiões nobres de Goiânia, a Praça do Cruzeiro, no Setor Sul, e a Praça do Sol, no Setor Oeste, compartilham também outra semelhança: o abandono do poder público. Pisos destruídos dificultam ou até mesmo impedem a passagem daquelas pessoas que querem desfrutar da sombra das diversas árvores, sempre floridas, mesmo com o tempo seco.
Olhando pela janela do carro, a Praça Comendador Germano Roriz, popularmente conhecida como Praça do Cruzeiro, passa uma boa impressão. Quem resolve transitar pelo seu interior percebe um certo descaso com a manutenção, isso se conseguirem atravessar até o centro, já que os moradores e comerciantes da região reclamam também do difícil acesso devido ao trânsito intenso e apenas duas faixas de pedestres. O calçamento, quebrado ou inexistente em alguns trechos, guiam até a fonte abandonada, que hoje, que se transformou em local de abrigo e banheiro público de moradores de rua.
O contador Cândido Noleto trabalha em uma prédio em frente à praça e diz que falta funcionalidade para o espaço. “É um local bonito, bem arborizado e o jardim está bem cuidado, mas o piso e a fonte foram esquecidos. Podiam fazer uma pista para caminhada ou então os bolsões de estacionamento, tão pedido pelos comerciantes da região”, diz.
Para Antonio Rezende, corretor, o difícil acesso deixa a praça inacessível. “É um local movimentado e extenso, mas só tem faixas nas extremidade. Poucas pessoas se arriscam”, observa.
O engenheiro de tráfego da Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMT), Sérgio Bittencourt, afirma que “as duas faixas de pedestres que dão acesso a praça são suficientes. Novas passagens precisam ser acompanhadas de semáforos, para que possam garantir a segurança dos pedestres, mas para isso precisamos analisar a demanda para o local”.
Praça do Sol
Ponto turístico da cidade por abrigar a feira de mesmo nome aos domingos, a Praça do Sol possui uma calçada contrastante com o luxo dos prédios próximos. O piso desgastado possui buracos que são verdadeira armadilhas para crianças e idosos, ou para quem está andando distraído olhando algum artesanato ou roupa na feira.
Cansado de esperar uma solução da Prefeitura, o dono da banca de jornais e revistas localizada na praça, Bruno Basílio Fernandes, contratou um pedreiro, que fez remendos no piso em frente ao local. “Estou aqui há pouco tempo e já vi uma idosa e uma criança caírem e machucarem”.
O morador de um prédio em frente à praça, que preferiu não se identificar diz que não dá gosto caminhar no local. “Acho incrível uma praça localizada entre tantos hotéis, que mostra a cara da cidade para o turista, refletir este descaso”.
O presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Paulo de Tarso, reconhece que os problemas nas duas praças são antigos e garante que pelo menos a Praça do Sol, “se encontra no cronograma de revitalização”. Ele garante que ela está entre as prioridades do prefeito, mas que só será possível com o apoio da iniciativa privada. “Vamos procurar parceiros e até o final do ano, após o estudo do projeto e cronograma de obras junto a moradores e feirantes, iniciaremos as obras”.
A promessa já é antiga. Em entrevista ao POPULAR em março de 2012, o antigo gestor do companhia, Luciano de Castro, afirmou que o projeto, orçado em R$ 800 mil, seria apresentado ao prefeito ainda naquele mês, para uma reconstrução imediata da Praça do Sol.
Foto: Renato Conde/O Popular