Desde 2020, quando teve paralisia cerebral devido a covid-19, Leonardo Gomes, de 36 anos, tenta conseguir uma vaga para tratamento no no Centro De Reabilitação E Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER), porém a Organização Social AGIR, administradora da Unidade, tem adiado o tratamento.
A mãe de Leonardo, dona Geralda, afirma que foi negado até a hidroterapia que há tempos ela tenta conseguir. “Eles prometeram chamar, mas nunca o fizeram”, diz. Ela também menciona a neuromodulação, pela qual já fez solicitações no CRER, mas sem sucesso.
O AGIR é a Organização Social mais poderosa do governo Caiado. Administra várias unidades e fatura quase R$ 100 milhões por mês dos cofres públicos.
Curiosamente, a AGIR recebeu centenas de milhões de recursos vindos do governo federal durante a pandemia para cuidar de pacientes da covid-19. Leonardo é um paciente da covid-19 e teve paralisia cerebral após o procedimento de desmame da ventilação mecânica. Mesmo com graves sequelas, ele foi abandonado a própria sorte. A família tem tentado vender rifas de panelas para pagar remédios.
Uma ex-funcionária do setor administrativo da AGIR procurou nossa produção e fez a sugestão de uma pergunta: A AGIR realizou a prestação de contas ao governo federal do dinheiro que recebeu durante a covid-19? Dizem que a resposta é um prato cheio para o Ministério Público Federal.