“Não li, nem sei quem é, mas deve ter partido de uma jornalista que vive me atacando”, respondeu o presidente Clécio Alves ao ser cobrado pelo vereador Elias Vaz, em plenário, na sessão desta terça-feira, sobre a denúncia da coluna Fio Direto de que foi imposta a censura prévia na Casa, por ordem do peemedebista.
Clécio emendou uma explicação que não explicou nada e desandou a atacar “a jornalista” que ele dizia não saber quem era.
Pegou mal.
Veja a nota de Suely Arantes:
Clécio impõe censura prévia na Câmara Municipal
Colecionador de encrencas, o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Clécio Alves (PMDB), arranjou mais uma para administrar. Sabe-se lá como.
Contrariado com os assessores de imprensa da Casa, que publicaram sua declaração de que os professores em greve deram prejuízo de R$ 300 mil com a quebradeira que promoveram no plenário, depois desmentida por ele mesmo, Clécio resolveu apelar para a censura.
A partir de agora, os assessores de imprensa terão de submeter os textos a serem publicados no site da Câmara ao diretor de Comunicação, Urias Júnior. Se a matéria for favorável e o rapaz gostar dos elogios, é liberada; do contrário, o trabalho dos jornalistas vai para o cesto de lixo.
Resumindo: o site da Câmara de Goiânia irá funcionar nos moldes no Granma, jornal oficial do Comitê Central do Partido Comunista Cubano, irmão siamês do Pravda, da Rússia. Para não lembrar do Brasil no período negro da ditadura militar.
Resta saber o que fará Clécio com jornais, rádios, tevês e redes sociais que noticiarem as mazelas da Câmara, que produz farto material diariamente.