Emprestar o nome para grandes obras não tem sido um bom negócio.
Dois exemplos recentes comprovam a tese: os túneis Jaime Câmara, em Goiânia, e Ayrton Senna, em São Paulo.
A obra de Goiânia foi entregue pelo prefeito Paulo Garcia (PT) à população pela metade e ganhou o apelido de túnel lavajato, porque toda vez que chove, a água cai dentro dele (como se não tivesse teto).
Além disso, o túnel de R$ 15 milhões causou transtornos sérios à população da Capital, que conviveu com desvios no trânsito e congestionamentos durante quase dois anos.
O túnel Ayrton Senna, em SP, ganhou as manchetes nesta semana por conta da condenação do deputado federal Paulo Maluf (PP). Segundo a justiça, Maluf desviou recursos destinados à construção do complexo quando era governador.
Pior de tudo é que os coitados do Ayrton Senna e do Jaime Câmara não podem sequer protestar, porque já estão mortos.