Em política, costuma-se dizer que ninguém é bobo e que não existem coincidências.
O prefeito Paulo Garcia (PT), que viajou para os Estados Unidos, deixou para o seu substituto provisório, o vice-prefeito Agenor Mariano, do PMDB, a “missão” de assinar e enviar para a Câmara de Vereadores o projeto que aumenta o IPTU e o ITU de Goiânia em 28,75% em média.
Em vez de escrever “missão”, melhor seria grafar “abacaxi”.
E o desgaste já começou. No jornal O Popular, edição desta quinta-feira, Agenor Mariano já aparece como protagonista da decisão de encaminhar o reajuste do IPTU para a Câmara de Vereadores. E lá estão também as primeiras denúncias sobre a condução irregular do processo de aumento, feitas pelo vereador Elias Vaz.
O vice Agenor Mariano é ligado a Iris Rezende, líder maior do PMDB e antecessor de Paulo Garcia. O mesmo Iris que é culpado pelos atuais inquilinos do Paço Municipal por supostamente ter legado uma “herança maldita” para o seu sucessor, arruinando e inviabilizando as finanças da Prefeitura de Goiânia.