O blog 24 Horas tem um bordão fixo e gosta de repetir sempre: certas coisas só acontecem em Goiás.
Imagine só, leitor, a repórter política mais celebrada de Goiás, com a responsabilidade de atender as pesadas expectativas de profissionalismo depositadas sobre os seus ombros pelos leitores, se “emocionando” com o discurso de um veterano líder político em uma homenagem oba-oba na Câmara Municipal de Goiânia – dá pra acreditar?.
Pois é. Aconteceu. Segundo o seu colega de trabalho na redação de O Popular, Bruno Rocha Lima, a jornalista Fabiana Pulcineli “tentou disfarçar a emoção” aos assistir, pela internet, ao discurso de Iris Rezende na sessão solene em que foi homenageado na noite desta quinta-feira pelos vereadores goianienses.
Pelo jeito, Fabiana quase foi às lágrimas quando Iris “chorou” – um velho e manjado recurso sentimental dos políticos, verdadeiro às vezes, totalmente falso outras, mas desacreditado sempre.
Pior ainda: no seu perfil no Twitter, Fabiana Pulcineli fez postagens absolutamente desprovidas de senso crítico e claramente entusiasmada com a chuva de elogios que os diversos oradores da cerimônia fizeram cair sobre a cabeça do velho cacique peemedebista.
Isso só acontece em Goiás.
Veja o post de Bruno Rocha Lima:
Bruno Rocha Lima @brunorlima
Iris chorando e a @fpulcineli aqui, vendo pela internet, tentando disfarçar a emoção. Estamos de olho, garotinha! ;)
E também os posts “festivos” de Fabiana Pulcineli:
Fabiana Pulcineli @fpulcineli
Homenagem a Iris na Câmara. Carlos Soares: “Não abrimos mão da experiência e da capacidade de dialogar do sr. Nós, goianos, precisamos do sr”.
Ana Paula, filha de Iris, discursa em nome da família e diz que ele é um homem de futuro e que não vai parar. E o Friboi lá, coitado.
@odairodair9 O duro é que não basta só ter dinheiro pra ser candidato ao governo e com potencial de vencer.
Primeira-dama Tereza Beiler discursa como representante do prefeito: “Quero dizer aqui bem claro, sem dúvida, que Goiás precisa do sr.”
Iris: “Até o último momento da minha vida estarei vivendo a política. Abandonar, bancar o gostosão, é desmentir meu passado de ideal e luta”