Em mais um longo discurso (sabia que ele considera discurso curto como falta de respeito com a plateia?), Iris Rezende usou e abusou dos seus tradicionais chavões de oratória na homenagem que recebeu na Câmara Municipal, pelos 80 anos que estará completando no próximo dia 22.
O jornalista Bruno Rocha Lima, que estava aguardando o fim da sessão para fechar a edição de O Popular, tuitou às 10 horas da noite pedindo que a assessoria de Iris “encurtasse” o discurso, para viabilizar a tempo a publicação de uma matéria a respeito.
Iris chamou os vereadores de “criaturas” e recorreu ao apóstolo Paulo para se definir com indulgência máxima: “Combati o bom combate, terminei minha carreira, guardei a fé”, frase que não bateu com uma série de outras do seu discurso, todas enfatizando que ele continua na política, claro, para se sacrificar atendendo “aos anseios do povo”.
O recado foi objetivo: “Até o último minuto da minha vida, estarei vivendo a política”. O empresário Júnior Friboi, maior adversário de Iris dentro do PMDB, estava lá, ouviu calado e ainda foi premiado com uma enxurrada de alfinetadas, não só de Iris, mas da sua filha Ana Paula (que discursou representando a família e disse que, na vida, “nem tudo é dinheiro”) e do vereador petista Carlos Soares, irmão do mensaleiro Delúbio, autor da proposta da homenagem.