Em artigo publicado na segunda-feira em O Popular, por ocasião dos estragos causados pela forte chuva em Goiânia, o jornalista Bruno Rocha Lima afirmou que os técnicos da prefeitura de Goiânia trabalham com a tese do adensamento urbano, segundo a qual “a cidade cresce dentro de si mesma, com um maior aproveitamento dos espaços” (palavras dele).
Quem disse essa lorota para o jornalista mentiu feio, e a prova disso foi o novo adiamento do IPTU Progressivo de Goiânia, aprovado com apoio da base aliada ao prefeito Paulo Garcia. O IPTU Progressivo, ora descartado, seria a arma mais eficaz para garantir o aproveitamento adequado de espaços urbanos.
Inventaram a lorota do adensamento urbano para justificar o projeto que afrouxou o Plano Diretor da Capital e elevou o grau de incomodidade ao máximo nos bairros populosos, permitindo que bairros e regiões já bastante adensados (como setor Bueno, Oeste e Marista) fiquem ainda mais ocupados, apinhados de gente.
Quem ganha com isso? Elementar, caro Bruno. O mercado imobiliário.
Se o lero-lero do adensamento urbano fosse uma tese verdadeiramente defendida pelos técnicos, o IPTU Progressivo não deveria ter sido aprovado?
Fica a reflexão.