Veja matéria do jornal O Popular, desta sexta-feira:
Pedagoga gasta mais de 700 reais em berçário
(C.A.) 31 de janeiro de 2014 (sexta-feira)
A casa da pedagoga Marina Barbosa Monteiro Carvalho, de 37 anos, fica na mesma rua do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) no Setor Vera Cruz 2, na Região Oeste de Goiânia. É o local ideal para deixar dois dos três filhos dela, enquanto ela passa o dia no trabalho. Mas não tem como: não há vagas.
Por causa do problema, ela tem de pagar 713 reais para as crianças ficarem num berçário particular, onde ela trabalha. O custo, que inclui transporte e mensalidade, seria maior, mas ela conseguiu bolsa da instituição.
Ariel Felipe, de 3, e Arianny Fernanda, de 1, passam o dia no berçário, longe de casa. Matheus, de 14, é o primogênito e está na escola. Marina mora numa casa com o pai dela, de 60 e que trabalha como autônomo, ou seja, não tem renda fixa, o que só piora a situação da família. O idoso ainda sofre de hipertensão e diabete e precisa gastar com medicamento.
O menino mais novo já conseguiu uma vaga, em 2012, mas, logo em seguida, teve de ser afastado para tratamento de saúde. A mãe dele disse que, à época, avisou a unidade de educação, mas não resolveu. Resultado: perdeu a vaga, mesmo com o atestado médico. “Na época, fui na unidade e a diretora disse que, com 30 dias, se ele não fosse, mesmo com atestado, a vaga seria devolvida”, conta. “Estou aguardando a vaga de novo, mas morro de medo de não conseguir”, lamenta a pedagoga, que passa o dia ensinando outras crianças.