(foto: Benedito Braga/O Popular)
Em entrevista ao jornal O Popular deste domingo, os professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) Adriano Moura e Marcos Rothen afirmam que o alto preço da tarifa praticado em Goiânia empurra os cidadãos para economizar uns trocados e comprar o veículo próprio.
O professor e mestre em Engenharia Urbana, com tese em Transportes, Adriano Moura, afirma que do jeito que está, quem mora e trabalha em Goiânia – e usa o ônibus como meio de locomoção – está, naturalmente, sendo incentivado a comprar o veículo próprio. Neste caso, a moto tem sido a opção mais escolhida por ser mais barata e com possibilidades de compra que contemplam as condições do trabalhador comum.
“Quem está suando o ônibus é aquele que ainda não tem um pouco mais de renda para comprar um veículo”, afirma.
O diretor técnico do Detran, Horácio Melo, afirma que o transporte coletivo não consegue suprir as necessidades da população. “As pessoas trocariam o transporte individual pelo coletivo se tivessem vantagens, precisamos pensar a cidade que queremos e a cidade que vamos ter daqui uns anos. Com certeza não é uma cidade construída para carros”.