Veja trecho da matéria de O Popular sobre a Saúde oferecida pela Prefeitura de Goiânia aos goianienses:
Em outra unidade, no CSF do Jardim Curitiba 3, também na Região Noroeste, a médica relata já ter retirado dinheiro do próprio bolso para bancar a compra de antitérmicos para crianças, gel transdutor para fazer pré-natal das gestantes e até cadeado para o armário de medicação controlada. “É difícil, mas se chega uma criança com febre e não tem remédio, você acaba comprando para não deixa-la passando mal. Da mesma forma, com as gestantes. Afinal, é sua responsabilidade saber se aquele bebê está bem e respirando normalmente”, relatou. As famílias que procuram esses locais, normalmente, são carentes e não possuem dinheiro para comprar a medicação.
No CSF do Conjunto Vera Cruz 1, Região Oeste, a médica informa que falta materiais como hidróxido de potássio, substância utilizada no exame de prevenção para saber se as mulheres tem um corrimento causado por bactérias, e até paracetamol, bastante receitado nessa época do ano, quando surgem muitos pacientes com suspeita de dengue. Ela diz ainda não ter pago do próprio bolso para comprar remédios para a unidade, mas já teve vontade. Medicamentos muito usados como losartana, hidroclorotiazida, enalapril e glibenclabina, este indicado para diabéticos, estão em falta.
Ausência também de auxiliares
12 de fevereiro de 2014 (quarta-feira)
No dia a dia, os médicos sentem falta de amparo e da presença de profissionais auxiliares, como agentes de saúde e de enfermagem. Eles são imprescindíveis, porque são parte integrante das equipes de saúde da família, ajudam muito nas visitas domiciliares e atendimentos de urgência. O déficit de servidores dessa categoria é de 400 agentes de saúde e 30 agentes de enfermagem.
Recentemente, a Coordenação de Urgências da SMS enviou aos Centros de Saúde da Família (CSF) um kit com materiais de urgência e emergência, dentre eles medicamentos e instrumentos para entubar o paciente, quando necessário. Os médicos, no entanto, ironizam o envio do kit, porque, além de não ser uma incumbência dos profissionais do Mais Médicos, é o tipo de procedimento que só se faz na presença de auxiliares. “Estou sem técnica de enfermagem e sem enfermeira padrão desde outubro e, por isso, tenho que fazer todos os atendimentos sozinha”, diz uma médica.