domingo , 24 novembro 2024
Nacional

Tuminha vira seu canhão para Friboi e anuncia que grupo JBS será o alvo de investigação de novo livro. Vem bomba aí!!!

Veja matéria de Renato Dias, publicada no Diário da Manhã, sobre o segundo livro de Romeu Tuma Júnior:

‘Grupo JBS será o alvo de investigação em novo livro’

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Diário da Manhã
Renato Dias
O vertiginoso crescimento do grupo JBS e os passos de seus sócios, entre eles, o empresário José Batista Júnior, o Júnior Friboi, pré-candidato do PMDB ao Palácio das Esmeraldas nas eleições de outubro de 2014, serão alvos do ex-secretário Nacional de Justiça e delegado de polícia aposentado Romeu Tuma Júnior. Ele já teria documentos para denunciar supostas irregularidades em seu próximo livro, a ser publicado em agosto próximo. É o que ele revela com exclusividade ao Diário da Manhã.

Filho do ex-delegado do extinto Deops (SP) – Departamento de Ordem Política e Social – à época da ditadura civil e militar (1964-1985), Romeu Tuma, o autor de Assassinato de Reputações – Um crime de Estado (2013), Editora Topbooks, em parceria com Claudio Tognolli, promete também avançar, na próxima obra, no suposto esclarecimento da morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel. Petista, ele integrava a coordenação nacional de campanha de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2002.

Opportunity

Romeu Tuma Júnior, que lançou Assassinato de Reputações, ontem, em Goiânia, em ato organizado pelo presidente do PSDB em Goiás, advogado Paulo Silva de Jesus, informa ainda que teria bloqueado contas do grupo Opportunity e de seus investidores no exterior, mas que quando deixou o cargo que ocupava no governo federal, eles foram desbloqueados e aliados do Palácio do Planalto teriam recebido, então, generosa contribuição para a suposta campanha eleitoral petista. Ele insinua que o polêmico banqueiro Daniel Dantas teria aliados poderosos em Brasília.

O delegado da Polícia Civil de São Paulo acusa o bloco de poder hegemônico no governo federal de possuir vocação “bolivariana”. Eles, que já controlam o Executivo, queriam mandar no Legislativo e, ao indicar nove ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), pretendiam ter ascendência sobre o Poder Judiciário e a sua mais alta Corte no País, ataca. “Uma tentação totalitária”, desabafa. O que corresponde à cultura política e ideológica do partido único, dispara (Ele se refere ao mecanismo de funcionamento nos Estados do socialismo real).

Polícia Federal

Cáustico, Romeu Tuma Júnior denuncia o que classifica como espetacularização das ações da Polícia Federal (PF). Mais: condena a suposta indústria de assassinato de reputações em operação no Palácio do Planalto. “Eles descobriram que é mais fácil eliminar os adversários, destruindo reputações, do que conviver com a diversidade política e ideológica, consolidar a democracia e o direito ao contraditório”, registra. O ex-secretário nacional de Justiça lembra que, ao atacar reputações, desmoralizar adversários, não há necessidade de se apresentar propostas.

– A estratégia é escolher alvos e expor publicamente os adversários políticos a um pré-julgamento midiático, onde não se requer provas robustas!

Além de apontar o que chama de “Estado Policial”, ele exorciza a banalização “do grampo”. O grampo, hoje, está prostituído, atira. Mais do que banalizado, emenda. O que precisa ficar claro é que o grampo é um meio de prova e não a própria prova, observa. Ele deveria ser utilizado apenas em casos excepcionais, como determina a Constituição Federal, como manda a lei. Além disso, eles gravam, escutam, degravam, interpretam, deduzem e montam o que lhes interessa, reclama. “Não há mais investigação, hoje, somente grampo, grampo, grampo…”

Caso Cachoeira

A crise política de 2012, em Goiás, cujo desenlace foi a prisão do contraventor e empresário Carlinhos Cachoeira, a cassação do mandato do senador até então incorruptível Demóstenes Xavier Torres, ex-DEM, e o envolvimento, na operação, do governador do Estado, Marconi Perillo, teria sido fabricada para destruir a imagem do líder tucano. É o que garante Romeu Tuma Júnior. Ele conta ter enviado para a PF dossiê contra o inquilino da Casa Verde, que considerava fajuto. “Perseguição política de Lula por ele ter denunciado o mensalão”, diz.

Perfil

Nome: Romeu Tuma Júnior

Cargo: Delegado de polícia aposentado (SP)

Função que já ocupou: Secretário Nacional de Justiça

Livro: Assassinato de Reputações – Um crime de Estado, Topbooks editora, 2014

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