Antro de irregularidades, objeto de ações judiciais e com os seus dirigentes e ex-dirigentes transformados em réus, a Comurg teve a sua extinção proposta nada mais nada menos que pelo jornal O Popular, o mais importante de Goiás.
Em editorial, há poucos dias, O Popular questionou a existência de um órgão permanentemente envolvido em escândalos, que não cumpre as suas finalidades – e, corretamente, deu o nome desse órgão: a Comurg.
Nesta quarta-feira, também em O Popular, o atual presidente da Comurg, Luciano de Castro, que também está sendo processado judicialmente por irregularidades à frente da companhia, tenta rebater o jornal e publica um artigo incrível: ele diz que a Comurg está sendo vítima de ações inescrupulosas, motivadas pela aproximação do período eleitoral.
É a velha desculpa esfarrapada de sempre: denúncias do Ministério Público e ações na Justiça são desclassificadas como “perseguição política”. Luciano de Castro chega a dizer: “Há uma estratégia de utilizar a Comurg como trampolim para o palanque, alvo das intenções de gente pouco ética capaz de tudo para chegar ao poder”.
Quer dizer: a roubalheira toma conta da Comurg, com processos judiciais em andamento, e tudo não passa de “estratégia de gente capaz de tudo para chegar ao poder”.
E O Popular, que defendeu o fim da Comurg?
Também é “gente capaz de tudo para chegar ao poder”?