Na tentativa de responder às críticas feitas pelo governador Marconi Perillo (PSDB) à sua administração na manhã desta quinta-feira, o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), recorreu aos mesmos expedientes de sempre: a baixaria, o diversionismo e os ataques vazios.
Marconi lamentou o corte iminente no benefício salarial de milhares de servidores municipais, que o secretário de Finanças do próprio prefeito disse que considera inevitável.
Sem citar Paulo ou a prefeitura de Goiânia, o governador lembrou que “muitos que nos criticaram (na questão salarial dos professores) penam agora”. As declarações foram dadas em evento no Palácio Pedro Ludovico Teixeira e estão no blog do jornalista Jarbas Rodrigues.
“Nós vamos pagar o piso salarial para todos os professores. Para o P1, o P2, o P3 e o P4. Mas precisávamos fazer isso com responsabilidade, com planejamento. Isso que está acontecendo com outros por aí é a prova de que estávamos certos, de que estávamos no caminho certo. Disseram que estava tudo em ordem e não está”.
Paulo não comentou a grave crise financeira da prefeitura e tampouco falou dos motivos que ocasionaram o problema. Optou, como sempre, por atacar Marconi.
“Quem afirmou que o governo de Goiás vai estar endividado nos próximos quatro anos foi o próprio secretário da Fazenda. Os policiais civis ficaram quase 90 dias de greve porque o governo não atendeu às suas reivindicações. Agora, ameaçam retornar porque o governo não cumpre o acordado com a categoria. Qualquer um que passar pela Praça Cívica pode registrar em foto uma das cenas mais tristes e lamentáveis deste governo: policiais concursados aguardam para serem chamados, enquanto Goiânia entra para o ranking das capitais mais violentas do País. O crime tomou conta do Estado”, disse o prefeito.
Enquanto Paulo dedica seu tempo a bater nos adversários, o servidor efetivo pergunta: o que será da vida dele de agora em diante? Quem é o culpado por esse constrangimento todo? Por que Paulo não falou dessas dificuldades antes?
Tá na hora de parar de brincadeira, prefeito. Administrar uma cidade não é postar foto o dia todo no Twitter.