Nos quase dois anos em que está à frente da prefeitura de Goiânia, Paulo Garcia (PT) nunca tomou para si a responsabilidade pelos problemas que a Capital enfrenta ou pelos erros de sua administração.
De modo geral, tudo era culpa da oposição golpista, que segundo ele trabalha 24 horas por dia para desestabilizar o seu mandato.
A desculpa esfarrapada não vale mais agora que o próprio secretário de Finanças da prefeitura veio à público denunciar a malversação do dinheiro público e o alastramento da corrupção pelas entranhas do Paço Municipal, hoje contamidado pelo toma-lá-dá-cá entre aliados, pela preguiça e pela inaptidão ao serviço público.
Cairo Peixoto mostrou ao jornal O Popular, com números que a prefeitura se transformou no balcão de negócios do PT, no qual a mercadoria comercializada é sempre o apoio político para sobrevivência do prefeito.
“A Prefeitura tem mais cacique do que índio”, diz Cairo na edição deste domingo. “Quase todo mundo é chefe. Quase todo mundo recebe um adicional por alguma coisa, sem controle. Isso tem que acabar”.
O secretário não sabe explicar como o pagamento de adicionais cresceu a ponto de representar 55% dos gastos com pessoal da prefeitura, que já extrapolou os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Um em cada cinco funcionários (9.801) dobram o seu salário com as gratificações que recebem.
Virou a casa da mãe Joana.
E o prefeito – se é que ainda temos um – não reage. Só aparece para atacar no Twitter quem não reza a cartilha do PT.
Goiânia já viveu dias melhores.