Caberá ao pobre coitado do servidor efetivo a tarefa de pagar conta pelos excessos praticados pelo trio formado por Pedro Wilson (PT), Iris Rezende (PMDB) e Paulo Garcia (PT) na prefeitura de Goiânia nos últimos treze anos.
Paulo Garcia baixou um pacote de medidas que visa desafogar a administração municipal, imersa em dívidas exorbitantes. O prefeito decidiu, por exemplo, que quem vai se aposentar pela prefeitura não pode mais contar com tempo de serviço fora dela.
O projeto também altera critérios para revisão do valor do benefício da estabilidade econômica, porque segundo o prefeito “ocorreu significativo aumento da despesa com pessoal, comprometendo a aplicação da receita em outras demandas de caráter essencial e geral”.
A prefeitura revogou o artigo 99-B da lei complementar 011 de 11 de maio de 1992, que dizia que a estabilidade econômica seria revista e adequada a qualquer tempo nas hipóteses de modificação, transformação ou reclassificação da forma de remuneração do cargo em comissão ou da função de confiança em que se deu a concessão do referido benefício.
Trocando em miúdos, não será mais possível mais possível incorporar tão facilmente a gratificação ao salário.
O que Paulo Garcia não admite, porque significaria rompimento com Iris, é que a sangria financeira da prefeitura não emana dos benefícios concedidos aos efetivos, mas pela criação desordenada de cargos comissionados para abrigar apadrinhados políticos.
O problema é que, como é mais fácil mexer nos efetivos, ele deixou de lado a hipótese de mexer de maneira mais profunda nas cotas dos aliados.