Veja matéria manchete de capa de O Popular, neste sábado, revelando a incompetência administrativa do PT de Antônio Gomide em Goiânia:
Lixo
Coleta comprometida no feriado
Empresa paralisa locação de 29 veículos e Prefeitura passa a contar com apenas 12 caminhões
Márcio Leijoto 18 de abril de 2014 (sexta-feira)
A Metropolitana Serviços Ambientais paralisou na noite de quarta-feira a locação de 29 caminhões compactadores de lixo para a Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg) alegando impossibilidade de continuar o serviço por causa de uma dívida de R$ 4,5 milhões do município com a empresa. Assim, a Comurg conta agora só com 12 caminhões compactadores para fazer a coleta em toda a cidade. O ideal varia de 48 a 70, dependendo das versões já apresentadas pela Prefeitura nos últimos meses. Nunca foi apresentado publicamente um estudo sobre o número necessário de caminhões.
A Comurg não explica como a paralisação da Metropolitana vai afetar a coleta nos bairros e diz que é um problema pontual. Entretanto, a empresa diz que não deve retomar as atividades antes de terça-feira, já que no feriado prolongado a Prefeitura não tem como efetuar nenhum pagamento. O POPULAR percorreu vários bairros ontem e constatou que a espera chega a até uma semana em bairros como Faiçalville e Solange Park. O serviço deveria ser feito diariamente na Região Central e três vezes por semana no restante da cidade.
Goiânia conta com três garagens espalhadas em pontos estratégicos onde ficam os caminhões. Por dia, cada garagem é responsável por quatro trechos das rotas diárias e oito das alternadas. Na noite do dia 16, com a paralisação da Metropolitana, havia apenas quatro caminhões em cada garagem, segundo um funcionário de uma delas.
O problema com a coleta de lixo se agravou no carnaval, quando o contrato emergencial de locação de 25 caminhões com a Lopac, que foi renovado duas vezes desde que foi iniciado, em novembro de 2012, terminou. Logo após o carnaval, a Metropolitana suspendeu o serviço por cinco dias, alegando falta de pagamento. Na época, a Comurg dizia que a dívida era de apenas R$ 900 mil, mas três semanas depois admitiu que chegou a R$ 5 milhões e informou que foram pagos R$ 2 milhões para que a Metropolitana suspendesse a paralisação.
Desde a crise no carnaval, a Comurg tem recorrido a caminhões de carroceria e basculantes que eram usados para a coleta de entulhos na cidade. Em média, estariam sendo usados, segundo a companhia, de 50 a 60, dependendo do número de caminhões compactadores disponíveis. Os basculantes e de carroceria, além de não serem apropriados para a coleta de lixo, comportam 30% do material recolhido por um compactador.
Além da Metropolitana, a Tecpav aluga 14 caminhões compactadores de lixo para a Prefeitura – 2 estão na oficina atualmente. Dos 29 da Metropolitana, pelo menos 8 também estavam na oficina. Isso porque desde o carnaval, quando a Prefeitura não renovou o contrato de emergência com a Lopac para aluguel de 25 caminhões, a coleta de lixo tem sido feita em número insuficiente de caminhões, sobrecarregando os veículos com capacidade para 9 toneladas por viagem. Ultimamente, eles estavam levando mais de 12 toneladas por viagem.
A Comurg não fala sobre a suspensão dos serviços pela Metropolitana. Diz apenas que o problema é pontual e que os problemas serão resolvidos definitivamente apenas em maio, com a chegada de 40 caminhões compactadores comprados pela Prefeitura em 2013. Conforme O POPULAR apurou, a intenção do município é continuar alugando pelo menos mais 20 caminhões da Tecpav.
“A Comurg admite que tem havido alguns problemas pontuais com a coleta de lixo orgânico em Goiânia”, comunicou a assessoria de imprensa da Comurg em nota.
